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27 de Janeiro de 2020 às 18:39

Bancos fecharam 9.643 postos de trabalho em 2019, sendo 1.127 apenas na região Centro-Norte

Maior redução de postos ocorreu em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e DF. Saldo positivo de emprego só houve em 5 Estados, todos do Centro-Norte


Os bancos fecharam 9.463 postos de trabalho no país entre janeiro e dezembro 2019, de acordo levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Desse total, 1.127 empregos foram cortados somente na região Centro-Norte, em bases que pertencem ou não à Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN).

Segundo o Dieese, o setor bancário acumula um saldo de 70.069 postos de trabalho desde 2013, quando os saldos negativos se tornaram uma constante a cada mês. Nestes 96 meses, o saldo foi positivo somente em 23.

Os estados com as maiores reduções de postos de trabalho do ano foram São Paulo (-2071), Rio de Janeiro (-1.973), Rio Grande do Sul (1.251) e Distrito Federal (-1.076 postos). No Pará, houve maior número contratações do que de demissões e o saldo ficou positivo em 247 postos. Todos os cinco Estados em que houve saldo positivo de emprego no sistema financeiro situam-se na região Centro-Norte: além do Pará, Acre, Rondônia, Amapá e Tocantins.

 

Faixa etária

A abertura dos postos bancários ficou concentrada na faixa entre 18 e 29 anos, com criação de 12.454 postos de trabalho. Acima de 30 anos, todas as faixas apresentaram saldo negativo, com destaque para a faixa de 50 a 64 anos, com fechamento de 13.202 postos.

Outra constatação que pode ser feita a partir da análise da tabela é a redução dos salários dos novos contratados na comparação com os demitidos. A remuneração média dos demitidos era de R$ 7.138,00, a dos admitidos de R$ 4.564,00.

Desigualdade de gênero

O levantamento do Dieese aponta ainda que as 16.400 mulheres admitidas receberam 75,7% a menos do que os 19.100 homens admitidos no mesmo período. A diferença de remuneração entre homens e mulheres permanece durante toda a carreira, até o desligamento do banco. As 22.063 mulheres desligadas dos bancos recebiam, em média, 74,2% da remuneração média dos 22.900 homens desligados dos bancos no período.

A análise do Dieese ainda apresenta dados sobre os tipos de desligamentos ocorridos no período. Leia a análise na íntegra.

Fonte: Fetec-CUT/CN, com Contraf-CUT
 
 
 
 
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