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27 de Novembro de 2018 às 19:45

Seminário de Saúde propõe criar redes de indignação para impedir adoecimento do trabalhador


A saúde do trabalhador bancário também foi tema de debate do ciclo de seminários que a Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) abriu nesta terça-feira 27 em Brasília. No evento, analistas e dirigentes discutiram o cenário de precarização imposto ao trabalhador e avaliaram as estratégias a serem tomadas pelos sindicatos.

Atualmente, alguns fatores contribuem notoriamente para o adoecimento do trabalhador bancário. Dentre eles, destacam-se as práticas de assédio moral - principalmente, as relacionadas ao controle e cobrança pelo atingimento das metas de produtividade - e projetos que precarizam a relação do trabalho, como a reforma trabalhista e liberação da terceirização.

A professora do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho da Universidade de Brasília (UnB), Ana Magnólia, apontou que esse cenário de adoecimento é estimulado pelo sistema capitalista que, ao longo do tempo, produziu um discurso capitalista colonial, que concebe a ideia de que o trabalhador não é suficiente.

Assista abaixo o vídeo da palestra da professora Ana Magnólia

Para a docente, essa falácia tem provocado a desmobilização e a patologia da indiferença. "Não devemos nos acuar com os discursos de ameaça, de medo e repreensão. Precisamos nos descongelar e criar uma rede de indignação. Com todo o retrocesso que está por vir, temos papel importante na resistência", disse.

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Frente a essa conjuntura, a advogada Janaina Barcelos, da Boch Advogados, avaliou que, no âmbito jurídico, os sindicatos terão um grande desafio para resguardar sua base. "No próximo período, as entidades sindicais terão que reforçar a atuação em ações coletivas para, assim, remediar problemas que têm sido vivenciados por grande parte da categoria", finalizou.


Fonte: Leandro Gomes, do Seeb Brasília


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