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15 de Setembro de 2017 às 15:41

Para trabalhadores, só mobilizações podem barrar privatizações


O Sindicato dos Bancários de Brasília participou de audiência pública contra o pacote de privatizações anunciado pelo governo ilegítimo de Temer, convocada pela Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania, nesta quarta-feira (13), na Câmara dos Deputados. Na ocasião, o desmonte público do país foi duramente criticado por representantes sindicais, de movimentos sociais e de entidades de classe.

Após intensos debates, os participantes anunciaram, além da campanha nacional “Eu não vendo meu país”, a realização de mobilizações, indicativos de greves, manifestações de ruas e ações legislativas, para barrar a danosa privatização de 59 estatais, comunicada pelo governo em agosto.

Entre elas, estão rodovias, terminais portuários, aeroportos, a Eletrobrás; a Casa da Moeda e os bancos públicos.

Para o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, que participou da audiência, a unidade de ação é essencial para que nossa bandeira de defesa do patrimônio público seja apropriado pelo povo brasileiro.

“Esse governo solitário no seu diálogo com o povo quer retalhar o nosso país”, criticou a deputada federal Érika Kokay (PT/DF), lembrando que “inviabilizaram o BNDES, como estão tentando inviabilizar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal”.

A parlamentar enfatizou que o ministro da secretaria-geral da Presidência, Moreira Franco, responsável pelos planos de privatização de estatais do governo, tem de responder pelo processo de destruição do país.

Para o diretor do Sindicato Paulo Vinícius (PV), que também esteve na audiência, “a Casa da Moeda, empresa símbolo do nosso país, não pode ser entregue aos rentistas porque ela, assim como a Petrobras, a Eletrobrás e a Lotex, é do Brasil, não é do Temer.

E acrescentou: “Estamos na luta para encontrar um melhor caminho para proteger o país. Para isso, é necessário retomar as bandeiras amplas, porque a batalha terá muitas trincheiras”.

Soberania nacional

Todos os participantes foram unânimes ao destacar a importância do ato para defender a democracia e a soberania nacional. “É uma luta de todo o povo brasileiro e das futuras gerações. Não vamos permitir que entreguem o nosso país para os rentistas e sanguessugas”.

O representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Carlos Alves, ressaltou que o povo brasileiro quer um país forte e um Estado que respeite a cidadania, os mais pobres, a diversificação, a juventude e os idosos, enfim, que não haja discriminações e que promova a igualdade.    

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília


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