Presidente do BNDES, a economista Maria Silvia Bastos Marques anuncia que, a partir de agora, "a modicidade tarifária não será usada nos leilões"; isso significa que a menor tarifa para os consumidores nos pedágios e nos serviços cobrados dos consumidores não será mais um fator decisivo nas disputas, como ocorreu no governo da presidente Dilma Rousseff; "O que ocorreu no passado é lição para não se repetir no presente e no futuro. Quantas concessões não se viabilizaram? Diversas, por razões diferentes", diz Maria Silvia, o que não é necessariamente verdade, uma vez que Dilma licitou vários aeroportos e algumas estradas, como a Fernão Dias, com pedágios muito menores do que na era tucana
Brasil 247
247 – Liberou geral nas concessões. Em entrevista publicada nesta segunda-feira, concedida a Maria Cristina Frias e Valdo Cruz (leia aqui), a presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques anuncia que, a partir de agora, "a modicidade tarifária não será usada nos leilões".
Isso significa que a menor tarifa para os consumidores nos pedágios e nos serviços cobrados dos consumidores não será mais um fator decisivo nas disputas, como ocorreu no governo da presidente Dilma Rousseff.
"O que ocorreu no passado é lição para não se repetir no presente e no futuro. Quantas concessões não se viabilizaram? Diversas, por razões diferentes", diz Maria Silvia, o que não é necessariamente verdade, uma vez que Dilma licitou vários aeroportos e algumas estradas, como a Fernão Dias, com pedágios muito menores do que na era tucana.
Sobre os ativos, ela falou de estradas, loterias e empresas de saneamento, como a Cedae, do Rio de Janeiro. "Rodovias, terminais portuários, tem a Lotex, loteria instantânea da Caixa. A novidade é a entrada de empresas estaduais. Já formatamos um programa e na primeira etapa vamos dar prioridade a saneamento."
Ela também afirmou que o BNDES não fará empréstimos aos concessionários. "Há premissas que podem variar: a outorga, a tarifa e o financiamento. O que precisa é não ter o banco como acomodador do risco regulatório e do risco de crédito. Ele estendeu empréstimos-ponte. Isto é uma novidade: não vai haver empréstimo-ponte. Não vai."
Ela também prometeu novidades em relação aos empréstimos feitos para financiamentos no exterior, mas não anunciou o fim desse tipo de crédito. "O mundo todo financia bens e serviços fora. O que se discute é a proporção com que foi feito, que impacto teve no país. Ainda estamos respondendo ao TCU, vamos ter um tipo de anúncio em relação a isso."