Para escutar a base sobre a realidade dentro das agências, o Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado do Amapá (Sintraf-AP), convocou os trabalhadores e trabalhadoras para a Conferência Estadual, com objetivo de alinhar as pautas de reivindicação que serão levadas para as mesas de negociações. Os temas abordados discutiam os direitos e benefícios da categoria bancária em âmbito nacional. O encontro aconteceu sábado (14), no auditório do Sintraf-AP, na capital.
Durante a conferência, foram debatidos temas pertinentes à conjuntura bancária, o crescimento do facismo, a importância da mobilização sindical em defesa da democracia, melhorias nos planos de saúde dos trabalhadores, avanços tecnológicos e como impacta no trabalho bancário. Essas foram algumas das pautas debatidas durante o encontro.
O assessor da Secretaria de Formação Sindical da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN), Jeter Gomes, pós-graduado em economia do trabalho e sindicalismo e mestre em Educação, esteve presente durante a conferência e apresentou sua visão sobre a realidade bancária atual.
“Hoje mais da metade dos trabalhadores que atuam no ramo financeiro, não são considerados bancários, e não são representados pelo sindicato, pois foram contratados por meio de fintechs, cooperativas, pejotização, e isso exclui eles dos acordos e convenções coletivas. Os sindicatos precisam ouvir os anseios dos novos bancários, e é necessário se reinventar para atingir a nova conjuntura que vem se formando”, conta o especialista.
Também teve a escolha dos delegados e delegadas sindicais, que representarão a base do Amapá na Conferência Nacional dos Bancários, nos Congressos de bancos públicos e Encontros Nacionais dos trabalhadores de bancos privados.
Os trabalhadores escolhidos são:
40º CONECEF - Edson Gomes, Elisenda Torres e Joana Lustosa.
35º CNFBB - Samuel Bastos
Encontro Nacional dos Funcionários do Santander - Bruna Athayde
Encontro Nacional dos Funcionários do Itaú Unibanco - Janaina Figueiredo
27ª CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BANCÁRIOS - Samila Favilla
O presidente do Sintraf-AP, Samuel Bastos, destaca a importância da organização dos trabalhadores na luta sindical, “ a conferência é um espaço de estruturação da luta ao lado dos trabalhadores. Nós ouvimos suas necessidades e levaremos essas pautas para o âmbito nacional, para defender e lutar por condições dignas para cada trabalhador e trabalhadora de todo o Brasil’.
Encontro dos bancos públicos e privados
Na mesma manhã, aconteceram os encontros dos bancos públicos e privados, os trabalhadores organizados em grupos reuniram as pautas de prioridades de suas vivências na rotina de trabalho. Trazendo para a discussão os problemas específicos enfrentados em cada banco.
Após as rodas de diálogo, a base apresentou as principais pautas e juntos votaram para a adesão delas a minuta de reivindicações. Agora o sindicato vai levar para as discussões nacionais junto aos delegados e delegadas escolhidos pela base.
“A Conferência foi um espaço de escuta e resistência frente às metas abusivas, ao adoecimento e à perda de direitos como a terceirização e a pejotização dos bancos privados. Reafirmamos a importância da organização de base, do diálogo e da luta coletiva por jornada justa, saúde mental, fim das metas abusivas e valorização dos trabalhadores, com justiça social, igualdade de gênero e raça no centro dessa construção”, afirma a Secretária Geral do Sintraf-AP.
Redação Sintraf/AP
Texto: Giovane Brito
Siga-nos no Twitter: @SintrafAP
Facebook: Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Amapá
Instagram: @Sintrafap
Contato: Secretária Sintraf/AP - (96) 98802-0267