
Na manhã desta segunda-feira (29), o Sindicato dos Bancários do Acre (SEEB-AC) realizou um ato em frente à Agência Imperador Galvez da Caixa Econômica Federal, em Rio Branco, denunciando o desmonte que a instituição vem promovendo em todo o país com o fechamento de agências e redução do atendimento presencial.
De acordo com dados nacionais, a Caixa já fechou cerca de 200 unidades em todo o Brasil, movimento que vai na contramão das necessidades da população e do crescimento econômico. No Acre, a situação se agrava: a histórica Agência Imperador Galvez será encerrada em 16 de outubro, e a Agência da Estação Experimental perderá parte dos seus caixas eletrônicos, em uma decisão tomada sem diálogo com trabalhadores e clientes.
O SEEB-AC alerta que o fechamento das agências prejudicará diretamente a população mais carente, que depende da Caixa para acessar benefícios como FGTS, Bolsa Família, seguro-desemprego e o novo programa Pé de Meia. Segundo os sindicalistas, esse processo representa um ataque à função social da Caixa, um banco 100% público, responsável também por políticas habitacionais, saneamento e apoio às prefeituras.
“A Caixa não pode se transformar em um banco elitista. Enquanto lucra bilhões, fecha agências superavitárias e dificulta o acesso dos mais pobres. Precisamos de mais agências em Rio Branco, como no bairro Sobral e no Segundo Distrito, não do fechamento das existentes”, destacou a direção do sindicato durante o ato.
Outro ponto denunciado é a transferência compulsória de trabalhadores e a priorização do atendimento para clientes de maior renda, em detrimento da maioria da população. Para o sindicato, essa postura revela um projeto privatista que fragiliza a Caixa e abre espaço para fintechs e bancos privados, prejudicando o papel social da instituição.
“A Caixa Econômica é o único banco 100% público do país. Ela tem agências-barco que atendem ribeirinhos na Amazônia, mas aqui em Rio Branco fecha uma unidade essencial para esses mesmos trabalhadores. Isso é contraditório e inaceitável”, reforçou a entidade.
O SEEB-AC conclama a sociedade acreana, especialmente os comerciantes e comunidades atendidas pela Caixa, a se unirem contra esse processo de desmonte. Para o sindicato, defender a Caixa é defender o povo e os direitos da classe trabalhadora.





