
Neste Outubro Rosa, a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) se soma à mobilização nacional para reforçar a importância do cuidado com a saúde da mulher — um compromisso que vai além do mês de outubro. A campanha deste ano, promovida pelo Ministério da Saúde e pelo Inca (Instituto Nacional de Combate ao Câncer), trouxe dados atualizados e ações concretas para enfrentar o câncer de mama no Brasil.
Já estamos na segunda quinzena de outubro, o mês de conscientização. Mas, em meio à correria do dia a dia, uma pausa para reflexão se faz necessária.
Mulheres, vocês têm conseguido cuidar de si mesmas? Os exames estão em dia? A alimentação tem sido equilibrada? O corpo tem se movimentado e o descanso tem sido suficiente?
Esses questionamentos são importantes, pois o câncer de mama, o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil, está diretamente relacionado ao estilo de vida. A informação e a adoção de práticas saudáveis são essenciais tanto na prevenção quanto no enfrentamento da doença.
Embora não exista uma causa única para o câncer de mama, diversos fatores aumentam o risco de desenvolver a doença. Entre eles:
- Idade: a partir dos 50 anos, o risco cresce devido ao acúmulo de exposições e às alterações biológicas naturais do envelhecimento.
- Fatores hormonais e reprodutivos: menarca precoce (antes dos 12 anos), menopausa tardia (após os 55), nuliparidade, primeira gravidez após os 30 anos e uso prolongado de hormônios.
- Fatores genéticos/hereditários: histórico familiar de câncer de mama ou ovário, especialmente em idade precoce, e mutações nos genes BRCA1 e BRCA2.
Conhecer os fatores de risco é fundamental para a prevenção e o monitoramento adequado da saúde.
Como reforça Elis Regina Camelo, secretária da Mulher da Fetec-CUT/CN: “Nós, mulheres, lidamos com a dupla jornada, a pressão por metas e, muitas vezes, acabamos adiando o cuidado com a nossa própria saúde. Colocamos a família, o trabalho e os compromissos coletivos em primeiro lugar. Por isso, essa campanha convida cada companheira a voltar o olhar para si mesma, com o mesmo carinho e atenção que dedica aos outros.”
Essa reflexão ecoa a realidade de tantas mulheres: dias intensos, responsabilidades acumuladas e o autocuidado sendo, mais uma vez, adiado. É justamente nesse contexto que a conscientização se torna ainda mais urgente. Revisitar hábitos, retomar compromissos com a própria saúde e colocar-se no centro das prioridades não é um luxo — é uma necessidade.
De acordo com a nova publicação “Controle do Câncer de Mama no Brasil – Dados e Números 2025”, o país deve registrar cerca de 73 mil novos casos da doença este ano. Apesar da gravidade, os dados também trazem esperança: houve redução da mortalidade entre mulheres de 40 a 49 anos, reflexo direto da ampliação do diagnóstico precoce.
O câncer de mama é uma realidade que pode ser enfrentada com informação, prevenção e acesso à saúde. E é justamente nesse sentido que novas ações foram anunciadas:
- Ampliação do rastreamento: em 2024, o SUS realizou cerca de 4,4 milhões de mamografias, sendo 2,6 milhões em mulheres da faixa etária prioritária (50 a 74 anos), de acordo com dados do Ministério da Saúde.
- Expansão da rede de tratamento: o programa Agora Tem Especialistas prevê a incorporação de 121 novos aceleradores lineares até 2026, fortalecendo o acesso à radioterapia pelo SUS.
- Serviços mais próximos da população: até 27 carretas móveis devem circular por 22 estados, oferecendo exames e acolhimento em áreas de difícil acesso, ampliando o cuidado com a saúde da mulher.
- Foco na equidade: boletins epidemiológicos recentes vêm aprofundando a análise dos impactos do câncer de mama com recorte por raça/cor, faixa etária e região — dados essenciais para orientar políticas públicas mais justas e eficazes.
A prevenção continua sendo o caminho mais eficaz. Manter uma alimentação saudável, praticar atividade física com regularidade, evitar o consumo de álcool e o tabagismo pode reduzir em até 28% o risco de desenvolver câncer de mama. A amamentação também é reconhecida como um fator protetor importante.
No enfrentamento do câncer de mama, a informação salva vidas. A Fetec-CUT/CN segue comprometida com a promoção da saúde, o acesso à informação e a valorização da vida. Que o Outubro Rosa inspire, mas que o cuidado com o bem-estar da mulher seja uma prática permanente.
Fonte: Fetec-CUT/CN, com informações do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer (Inca)


