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Direção do BB ataca direitos trabalhistas e desrespeita a representação sindical

3 de Outubro de 2025 às 12:10


A Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) manifesta total concordância com a nota oficial divulgada nesta sexta-feira 3 de outubro pelo presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo, com críticas ao comportamento da direção do Brasil de convocar reunião para anunciar mudanças de assuntos que fazem parte da Convenção Coletiva de Trabalho e do Acordo Coletivo do BB, sem discutir com as entidades representativas do funcionalismo. Eis abaixo a nota de Araújo.

Direção do BB ataca direitos trabalhistas e desrespeita a representação sindical

Nesta sexta-feira, 3/10, a direção do Banco do Brasil convocou, de forma repentina, uma reunião coletiva para anunciar mudanças significativas no sistema de remuneração, nas regras de nomeação, na jornada de trabalho e em outros pontos que afetam diretamente a vida do corpo funcional.

É importante registrar que a convocação se deu no final do expediente do dia anterior, 2/10, sem qualquer aviso prévio, o que gerou insegurança e apreensão entre o corpo funcional. Essa prática desrespeitosa abriu espaço para rumores e especulações, provocando um ambiente de instabilidade que poderia ter sido evitado se houvesse transparência e diálogo.

O Sindicato denuncia que essas alterações não foram objeto de negociação coletiva e configuram mais um episódio de autoritarismo e desconsideração pela representação sindical. Além disso, o Banco desrespeita a mesa de negociação, a Convenção Coletiva de Trabalho Nacional dos Bancários e o Acordo Coletivo de Trabalho do próprio BB, que reconhecem e privilegiam a negociação coletiva como único caminho legítimo para tratar de temas que impactam remuneração, jornada e direitos.

A chamada “adesão voluntária” não pode servir como disfarce para retirar direitos históricos, mascarar reduções salariais indiretas ou impor condições desfavoráveis. Experiências anteriores já demonstraram que políticas unilaterais do Banco resultam em prejuízos concretos ao corpo funcional, especialmente quando congelamentos ou reestruturações posteriores corroem eventuais “vantagens” iniciais.

O Sindicato já iniciou a análise jurídica das medidas anunciadas e vai orientar o corpo funcional sobre como proceder diante dessas “situações voluntárias”. Se houver qualquer violação de direitos, acionaremos imediatamente o Poder Judiciário para garantir a proteção de todos.

Reafirmamos que a luta sindical é, e continuará sendo, a principal barreira contra retrocessos. Nenhum direito será negociado ou alterado sem a participação ativa da categoria e de sua legítima representação.

Brasília, 3 de outubro de 2025

Eduardo Araújo de Souza

Presidente – Sindicato dos Bancários de Brasília

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