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SAÚDE E EMERGÊNCIA CLIMÁTICA

Bancários do Centro-Norte participam na Cúpula dos Povos de debates sobre saúde da mulher e saúde na Amazônia

14 de Novembro de 2025 às 18:06


Os trabalhadores do ramo financeiro do Centro-Norte que participam em Belém da Cúpula dos Povos, evento paralelo às atividades oficiais da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30), tiveram o dia nesta sexta-feira 14 pautado pela saúde. De manhã participaram do Painel sobre Parto e Violência Obstétrica e Mortalidade Materna e Neonatal e à tarde estiveram presentes no lançamento da Agenda Mais Saúde Amazônia Brasil e do AdpataSUS, em evento que contou com a presença do ministro da Saúde Alexandre Padilha. Veja fotos no final do texto.

“O objetivo do painel é a necessidade de discutirmos uma política pública, de humanização do parto, a necessidade de inclusão de doulas no nosso sistema de saúde. Foi um excelente debate em que as pessoas trouxeram diversas situações de violência obstétrica e de violência materna. O debate foi pautado na política pública de saúde da mulher e da necessidade do SUS intervir para que as mulheres tenham na prática partos com dignidade e com humanização”, explica Heidiany Moreno, diretora do Sindicato do Pará e secretária das Mulheres da CUT PA.

Confira o que ela diz no vídeo abaixo.

Na parte da tarde, os bancários do Centro-Norte participaram do evento do Ministério da Saúde na qual o ministro Alexandre Padilha apresentou o AdaptaSUS, novo plano nacional de resposta a emergências climáticas, e a Agenda Mais Saúde Amazônia Brasil, que amplia o acesso à saúde e enfrenta desigualdades históricas na Amazônia Legal.

Segundo o Ministério, as duas estratégias compõem um legado estruturante para o país, que fortalecem a capacidade do SUS de proteger a população frente aos efeitos das mudanças climáticas.

“Mais do que um instrumento técnico, o AdaptaSUS representa uma mudança de paradigma: reconhece que adaptação também é uma questão de saúde. É um chamado para que a saúde atue com ciência, solidariedade e justiça, integrando políticas públicas, saberes tradicionais e ação coletiva”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

O plano reúne 27 metas e 93 ações, organizadas em eixos que priorizam o fortalecimento da vigilância em saúde ambiental, a integração da atenção primária, o planejamento de infraestrutura hospitalar adaptada a eventos extremos e o estímulo a práticas sustentáveis nas unidades de saúde.

O documento ainda reconhece que populações vulneráveis e vulnerabilizadas estão mais expostas aos efeitos das mudanças climáticas. Por isso, propõe ações articuladas com sociedade civil, universidades, movimentos sociais e organismos internacionais para coordenar a resposta nacional às emergências climáticas, com foco nessas populações.

Mais Saúde Amazônia Brasil

A Agenda Estratégica Mais Saúde Amazônia Brasil busca diminuir desigualdades regionais e ampliar a presença do Estado em territórios indígenas, ribeirinhos e tradicionais, integrando políticas de atenção, vigilância, ciência, tecnologia e desenvolvimento sustentável. Uma das principais estratégias incluem o Plano Mercúrio, criando para mitigar os impactos da substância na saúde da população.

“A Amazônia é um território vivo, onde cidades, florestas, rios e pessoas se conectam em uma mesma história. Nela, saúde e ambiente são indissociáveis. Mas é também o território onde mais se sente o impacto combinado das mudanças climáticas, do desmatamento, das queimadas e da contaminação ambiental”, disse Padilha.

O Mais Saúde Amazônia Brasil expressa um compromisso político e simbólico do governo federal que articula saúde, vigilância, tecnologia e sustentabilidade, reconhecendo o papel central das populações tradicionais e dos povos originários. Representa, também, o compromisso do Brasil com um futuro mais saudável, inclusivo e ambientalmente equilibrado para a Amazônia e o planeta.

A abertura da mesa de lançamento dos dois projetos do Ministério da Saúde coube à diretora da Fetec-CUT/CN Vera Paoloni, que também é vice-presidenta do Sindicato dos Bandários do Pará e presidenta da CUT-PA. Ela defendeu a necessidade de fortalecimento das políticas públicas de saúde para a população que vive na Amazônia.

Veja o que ela disse no vídeo abaixo.

A Cúpula dos Povos, evento paralelo às atividades oficiais da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30), promoveu plenárias de seis eixos temáticos: Justiça Climática e Reparação; Transição Justa, Popular e Inclusiva; Soberania Alimentar; Direitos Territoriais e das Florestas; Internacionalismo e Solidariedade; e Perspectivas Feministas e dos Povos nos Territórios.

Fonte: Fetec-CUT/CN, com informações da Agência Fiocruz

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