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1 de Maio de 2020 às 01:00

Coletivo Nacional de Saúde debate ações de enfrentamento à pandemia


O Coletivo Nacional de Saúde se reuniu na quarta-feira (29), em videoconferência, para fazer um balanço das ações de enfrentamento à pandemia da Covid-9 e analisar os avanços obtidos na mesa de negociação, que garantiu salvar muitas vidas e evitar a propagação do vírus.

Os participantes do Coletivo destacaram a atuação dos sindicatos na fiscalização das medidas, intervindo junto aos órgãos públicos, informando à população, encaminhando as demandas dos bancários.

“Conseguimos garantir o isolamento social de milhares de bancários que estão trabalhando em home office, especialmente os do grupo de risco e gestantes. Também buscamos diariamente o fornecimento pelos bancos de equipamentos de proteção (como máscaras, álcool gel, protetor facial, barreiras protetivas), higienização constante dos locais de trabalho e um contingenciamento das atividades como realização de rodízio, atendimento somente de serviços essenciais com agendamento”, disse o secretário de Saúde do Trabalhador da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles.

Durante a reunião, os bancários enfatizaram que as medidas estão dando resultados e devem ser ampliada. De acordo com Mauro Salles, a doença está em processo crescente de contaminação.

“Temos notado o aumento de casos confirmados e suspeitas entre os bancários, mostrando que as medidas devem ser mantidas e ampliadas”. afirmou.

Para ele, o isolamento de todos os colegas, que tiveram contato com bancário com COVID-19 confirmado e mesmo na suspeita de contágio, é essencial para conter o alastramento da doença. E que, nesta situação, as agências devem ser fechadas para desinfecção.

“Todos os indicadores mostram que o momento exige, inclusive, a ampliação de medidas protetivas. O Coletivo Nacional através do Comando Nacional reivindica que os bancos disponibilizem testes para detectar o contágio, medir a temperatura dos bancários e clientes e atenção psicológica aos trabalhadores neste momento de tensão, além de custear atendimento com profissionais da área”, informou o secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.

 

Posicionamento dos bancos

O secretário da Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT revelou que o posicionamento de alguns bancos, com a cobrança de metas em plena pandemia, têm causado indignação aos bancários. “As pressões continuam aumentando a tensão entre os colegas e mostrando insensibilidade em um momento que devemos estar focados na preservação da saúde e da vida e não priorizando os resultados econômicos”, disse.

Os participantes do Coletivo Nacional de Saúde e o Comando Nacional dos Bancários também cobraram uma resposta por parte da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) sobre as reivindicações apresentadas para garantir uma atenção aos trabalhadores adoecidos diante das dificuldades da crise sanitária.

Os representantes dos trabalhadores cobram a garantia de antecipação, mesmo depois do prazo acordado de 120 dias, conforme a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), em caráter excepcional, caso o estado de emergência seja prolongado.

Eles também reivindicam que, mediante apresentação de atestado médico assistente, seja paga o adiantamento emergencial mesmo sem o inapto do médico do banco e que os bancários.

Para bancários que receberam alta do INSS, que se declaram sem condições de saúde, que tenham dificuldades de apresentação de documentação e impossibilidade de realização da perícia, será garantido que ficarão afastados com garantia de sua remuneração, enquanto durar a vigência da calamidade pública.

A relação com o INSS também preocupa os membros do Coletivo. Segundo Mauro Salles, a portaria que, em decorrência da pandemia, está concedendo apenas auxílio doença emergencial, desconsiderando todo e qual tipo de doença e acidentes de trabalho.

“Nossa preocupação é de que os benefícios acidentários sejam negados aos trabalhadores. Foi definido que buscaremos um parecer sobre a constitucionalidade da portaria. Seguimos trabalhando para enfrentar esta crise sanitária fazendo o que melhor sabemos: defender a classe trabalhadora, denunciando o que seja preciso e exigindo o cumprimento das normas legais, principalmente durante a pandemia. Trabalhamos a cada dia para garantir a proteção de todos e, acima de tudo exigindo respeito às pessoas com uma gestão humanizada onde a o ser humano esteja em primeiro lugar” disse o secretário de Saúde do Trabalhador.

 

Contraf-CUT


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