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22 de Outubro de 2015 às 10:20

Bancários chegam ao 17º dia de paralisação mobilizados para arrancar proposta decente dos bancos. Negociação continua nesta quinta às 14h


São Paulo – Mais um dia de negociação e a categoria não arreda o pé da greve. Agências de São Paulo, Osasco e região estão paradas nesta quinta-feira 22, 17º dia de greve. Também estão de braços cruzados trabalhadores da Giret Pinheiros e Superintendência Santo Amaro da Caixa Federal e os funcionários dos complexos São João e Verbo Divino do Banco do Brasil.

A proposta de 8,75% feita pela federação dos bancos (Fenaban) para reajustar salários, piso, PLR, vales e auxílios, e sem abono – índice que representa perda de 1,03% – foi recusada pelo Comando Nacional dos Bancários na mesa de negociação. Os representantes dos trabalhadores questionaram o valor que não repõe a inflação de 9,88% (INPC do período) e reiteraram: os bancários querem aumento real. O índice também foi reprovado imediatamente nas redes sociais na noite de quarta-feira 21.
 “Estamos chegando... foco no objetivo”, destacou um bancário, no Facebook.      
 “Força nas negociações pessoal”, apoiou outro, via Twitter.
 “Sem ganho real não dá!!!”, tuitou um trabalhador.
A rodada – Depois de um longo debate na tarde da quarta-feira, a Fenaban destacou que as margens de negociação estão estreitas, mas que iria consultar os bancos para continuar a rodada nesta quinta, às 14h. Na terça-feira 20, a proposta apresentada foi de 7,5%, também rejeitada na mesa de negociação pelo Comando Nacional.
Públicos – Banco do Brasil e Caixa Federal mantêm a sinalização de retomar as negociações específicas tão logo encerrada a mesa com a Fenaban.
Eles podem pagar – A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, lembra que os bancos não podem querer impor perdas aos seus empregados. “A greve está forte e continua até que eles entendam isso. Os bancos têm de melhorar essa proposta”, cobra a dirigente que é uma das coordenadoras do Comando.
“Outros setores da economia, inclusive prejudicados pela crise internacional como químicos e metalúrgicos, estão pagando aos seus trabalhadores reajuste que cobre a inflação”, reforça.
Com data base em 1º de setembro, como os bancários, dezenas de empresas do ABC paulista – mesmo diante dos efeitos da queda na venda de automóveis e caminhões – ofereceram aos seus empregados a garantia do índice que recompõe a inflação de 9,88%.
O setor químico de São Paulo, também propôs aos seus funcionários a correção dos salários pelo percentual equivalente à variação integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período de novembro de 2014 a outubro de 2015, que deverá girar em torno de 10%. A data-base da categoria é 1º de novembro.
“Os bancos não podem querer impor perdas aos seus empregados. A greve está forte e continua até que eles entendam isso”, finaliza Juvandia. 
Tuitaço! – Participe do tuitaço nesta quinta-feira, das 13h às 15h, para pressionar os banqueiros. Mostre sua insatisfação com as propostas apresentadas, que significam perdas salariais. Use a hashtag#ExploraçãoNãoTemPerdão. Siga o Sindicato no Twitter: @spbancarios.
Fonte: SEEB/São Paulo

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