Notícias

home » notícias

10 de Maio de 2016 às 09:28

Sindicatos debatem com o BB agências digitais e cobram jornada de 6h nas UEs


Crédito: Divulgação

Brasília - O novo modelo digital de atendimento do Banco do Brasil foi o principal assunto debatido na mesa de negociação permanente realizada entre a Comissão de Empresa dos Funcionários e representantes da instituição financeira, nesta quinta-feira (5), em Brasília.

A precarização das condições de trabalho decorrente da implantação do projeto preocupa o movimento sindical, porque afeta diretamente a saúde dos bancários por conta da sobrecarga de trabalho, já que eles chegam a operar até seis canais diferentes de atendimento. Além disso, não há informações institucionais acerca, por exemplo, de uma possível diminuição nas carteiras de clientes e nem o detalhamento da migração de funcionários e de agências para o atendimento digital. 

Em resposta, o BB informou que não está prevista a redução de bancários, e que o tipo de atendimento é que será mudado. Assim, as agências que tiverem carteiras migradas para o novo modelo não terão redução no número de bancários e nem de gerentes de Relacionamento. A instituição também se comprometeu a melhorar a comunicação interna de forma a evitar informações que causem apreensão aos funcionários envolvidos no processo de migração.

"A implantação das agências digitais causou piora nas condições de trabalho de vários funcionários de agências. A sobrecarga de serviço está latente, além de desvio de função em muitos casos, em que os trabalhadores estão realizando serviços de telemarketing sem a observância dos preceitos da NR 17, que garante jornada diferenciada e equipamento adequado", afirma o diretor do Sindicato e representante da Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN) na Comissão de Empresa, Rafael Zanon.

A Comissão de Empresa levou também ao banco a preocupação com o aumento nos orçamentos (metas) tanto das novas carteiras quanto das agências que tiveram carteiras migradas, e em que não foi diminuída a meta proporcionalmente à redução de clientes. O banco informou que vai avaliar as reivindicações e que o orçamento tem uma fase de ajustes pela migração.

Outro ponto abordado foi a segurança dos funcionários do atendimento noturno. O banco informou que a segurança foi reforçada e, inclusive, houve escritório que mudou de lugar, por negociação sobre segurança dos bancários.

Fechamento de agências

O banco internamente tem informado o fechamento de algumas agências em várias regiões do país, principalmente no processo de fusão de uma ou mais agências. Foi denunciado o fechamento de duas unidades em Campo Grande e mais duas em Porto Alegre, e, ainda, comentários de outras agências de outras praças, com a alegação de que fazia parte da implantação do modelo digital.

O Banco do Brasil afirmou que não existe previsão de fechamento de agências pelo modelo digital e os negociadores do BB informarão sobre estes casos em contato com as áreas responsáveis.

Jornada de 6h para UEs

Os bancários cobraram uma resposta à reivindicação sobre o cumprimento da jornada de 6 horas para as Unidades Estratégicas (UEs) e para os gerentes de Relacionamento das agências. O BB disse não ter resposta neste momento para a demanda.  

Licença-paternidade

Cobrado acerca da extensão da licença-paternidade de 5 para 20 dias, o BB informou que o benefício não foi implantado porque o debate ainda sendo feito na Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), que não “bateu o martelo” por se tratar de tema envolvendo todos os bancos - o objetivo, segundo o BB, é que haja uma padronização para todas as instituições. Os representantes do Banco do Brasil disseram que é preciso regulamentar a aplicação da lei, principalmente no que se refere aos benefícios fiscais das empresas que aderirem ao programa Primeira Infância, do Governo Federal.

 

Reestruturação nas Gecoi

Os funcionários cobraram do BB dados sobre a reestruturação nas Gecoi (Gerências de Controles Internos), onde há precisão de fechamento de três unidades regionais: Florianópolis, Campo Grande e Fortaleza.

O banco informou que esse fechamento já estava sendo esperado, uma vez que há meses não nomeou os gerentes gerais dessas unidades e que haverá ampliação das unidades de recuperação de crédito (Gecor) naquelas cidades e serão oferecidas vagas na nova estrutura.

 

Outra reestruturação, agora na Rerop  

A área de segurança do BB (Rerop) passará por nova reestruturação, com centralização e fechamento de unidades.

Os sindicatos cobraram do banco os dados detalhados do quadro de funcionários, ainda não fornecidos. De novo, haverá dificuldade na alocação dos trabalhadores que perderão cargos e lotações.

 

Fonte: SEEB/Brasília com Contraf-CUT


Notícias Relacionadas