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29 de Abril de 2020 às 21:46

Em meio à pandemia, Bolsonaro tira da seguridade social e dá aos bancos


Tudo para os bancos. O mínimo para o povo. Se por um lado o governo federal “fecha os olhos” para a pandemia causada pelo coronavírus e toma medidas insuficientes para proteger o emprego e a renda dos trabalhadores neste momento de crise, por outro, se esforça para garantir recursos para o sistema financeiro.

Instrução normativa da Secretaria Especial da Receita Federal reduz de 20% para 15% a alíquota de CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) cobrada dos bancos, referente aos resultados de 2019.

Os bancos vão pagar uma taxa menor sobre os lucros do ano passado. Vale lembrar que, em 2019, os quatros gigantes do setor (Itaú, Bradesco, BB e Santander) registraram lucratividade de R$ 81,5 bilhões, um recorde nominal. Houve aumento de 18% em relação a 2018.

Bolsonaro abriu mão de arrecadar cerca de R$ 4,1 bilhões somente dessas quatro instituições. É uma inversão de prioridades. Enquanto milhões de brasileiros aguardam o auxílio emergencial de R$ 600,00 para amenizar as dificuldades, o governo alivia para o setor bancário. Sem contar com os problemas enfrentados pela área da saúde, que carece de investimentos e não recebe a atenção do presidente.

CSLL - A alíquota da CSLL, um dos tributos destinados para financiar a Seguridade Social, havia sido elevada de 15% para 20% em maio de 2015 pela então presidenta Dilma Rousseff, através da Medida Provisória 675.


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