Brasília - Na sexta-feira (1º) ocorreu mais uma rodada de negociações entre o Sindicato e o BRB visando à construção de um novo modelo para a PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Na reunião, o banco negou as propostas apresentadas pelo Sindicato no dia 23 de março e reapresentou a seguinte proposta:

• Manutenção dos percentuais de lucro líquido a ser distribuído vinculado à rentabilidade, conforme se pratica hoje (ver aditivo de acordo de PLR para o 2º semestre de 2015).
• Do percentual do lucro líquido a ser distribuído, a metade será linear e a outra metade, vinculada ao atingimento de metas.
• O banco garante a distribuição de todo o percentual a ser distribuído, porém, caso alguma unidade não alcance o resultado e não receba a parte variável, o resíduo será destinado apenas para as unidades que superarem a meta mínima estabelecida.

“O banco insiste em apresentar uma proposta pior do que o que já existe hoje. Atualmente, mais de 1.500 funcionários tem a garantia de receber 70% da PLR desvinculados de metas. Outros mais de 1.500 têm a garantia de receber 60% também desvinculados de metas. Jamais aceitaremos uma proposta que retroceda”, garante Cristiano Severo, diretor do Sindicato.

“O movimento sindical é contra metas abusivas. E o banco quer a anuência do Sindicato para chancelar a instituição de metas abusivas no BRB, quando insiste em destinar parte da PLR para quem extrapolar as metas. Alcançá-las já é um exercício de sofrimento, extrapolá-las será a instituição do abuso. O Sindicato jamais assinará acordo com este tipo de cláusula”, reforça a secretária-geral do Sindicato, Cida Sousa.

Valores da PLR referente ao 2º semestre de 2015

Conforme já anunciado pelo Sindicato, o lucro do segundo semestre do BRB, de R$ 52,9 milhões, possibilitou a distribuição de 15% a título de PLR após descontadas as reservas legais. Dessa forma, a PLR terá um montante de aproximadamente R$ 7,5 milhões.

Considerando que o banco não atingiu sua meta no plano de metas, parte desse valor não será distribuído, pois, pelo acordo referente ao segundo semestre de 2015, metade do montante destinado à meta-banco será redistribuído, e toda a meta-unidade que não for distribuída em função do não atingimento de metas pelas unidades será redistribuída.

Na negociação de sexta-feira, o banco apresentou uma proposta de distribuição. Porém, a proposta estava errada, pois ela não contemplou a distribuição da parte da PLR vinculada a metas para as unidades que as atingiram.

Ao perceber o erro, o Sindicato solicitou a revisão dos cálculos. O banco disse que fará o esforço máximo para que até terça-feira (5) possa apresentar a proposta de valores ao Sindicato.

“Precisamos de uma proposta que reflita exatamente o que está acordado com o banco. Solicitamos também a apresentação do cálculo feito pela instituição e ainda a relação do número de funcionários alocados em cada função/atividade gratificada, para que possamos aferir se os números estão absolutamente corretos. Precisamos ter certeza para levarmos uma proposta para assembleia, obrigatória para aprovação dos valores a serem distribuídos”, diz André Nepomuceno, secretário de Bancos Públicos da Fetec-CUT/CN.

Reunião com delegados sindicais

Conforme definido na reunião anterior dos delegados sindicais ocorrida no último dia 29 de março, na próxima terça-feira (5) será realizada nova reunião com os delegados sindicais do BRB para se debater as propostas de PLR, tanto o novo modelo em construção para o ano de 2016 quanto a proposta de valores referentes ao segundo semestre de 2015. A reunião será às 19h, na sede do Sindicato. 

Também estiveram presentes na negociação o diretor do Sindicato Eustáquio Ribeiro e o técnico da subseção do Dieese no Sindicato dos Bancários de Brasília, Pedro Tupinambá.

Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação