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9 de Maio de 2016 às 15:09

BRB: Sindicato apresenta nova proposta para PLR 2016


Crédito: SEEB/BRASÍLIA

Brasília - Mais uma rodada de negociação entre o Sindicato e o BRB para discutir a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2016 ocorreu na sexta (6). A proposta do banco, apresentada na reunião anterior, foi rejeitada, visto que se tratava da repetição de um modelo que desagrada a todos, e joga por terra um novo modelo que está em discussão desde janeiro, numa demonstração de desrespeito pelo processo e pelos trabalhadores, que aguardam um modelo que seja mais justo.

“A proposta do banco apresentada em 29 de abril conseguia ser pior do que o modelo do segundo semestre de 2015, pois não assegurava a distribuição de metade da meta banco caso não se atingisse esta meta. Embora o banco tenha divulgado, equivocadamente, que seria a repetição do modelo do 2º de 2015, era pior, e com os defeitos deste modelo, já fartamente demonstrados ao banco”, criticou o secretário de Estudos Socioeconômicos do Sindicato, Cristiano Severo, que também é bancário do BRB.

A proposta

Ao recusar a proposta apresentada pelo banco, o Sindicato apresentou nova proposta a ser avaliada pela empresa:

1 - instituição de uma política de participação nos lucros ou resultados, o que permite a negociação de bônus caso o banco não tenha lucro, mesmo com a busca incessante de metas pelos funcionários.

2 – garantida de distribuição de todo o montante da PLR caso haja lucro.

3 – havendo lucro, do montante a ser distribuído, 70% será de forma linear e 30% vinculado a metas. A parte vinculada a metas será correspondente a um percentual do salário a ser definido quando da divulgação do balanço, percentual este o mesmo para todos os funcionários.

4 – não havendo a distribuição da parte vinculada a metas, o montante restante volta para distribuição linear.

5 – caso não haja lucro, após a divulgação do balanço, o banco se compromete a negociar um abono correspondente a um percentual do salário (política de participação nos resultados).

Esta proposta apresentada ao banco foi discutida com os delegados sindicais em reunião dia 5 de maio, na sede do Sindicato.

“Esta proposta procura resgatar um dos princípios que norteiam a discussão desde janeiro: estabelecer um modelo que seja correspondente ao que se pratica em todos os bancos, um valor fixo e um percentual do salário. E ainda introduz a participação nos resultados, visto que, mesmo que o banco não atinja lucros, os funcionários trabalham duro para atingir as metas, e devem ser recompensados por isso”, destacou o diretor do Sindicato Daniel de Oliveira, que também é bancário do BRB.

O banco ficou de dar resposta à reivindicação na próxima reunião, ainda sem data marcada.

Também participaram da reunião os diretores do Sindicato Antonio Eustáquio e Cida Sousa. Pela Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), o secretário de Bancos Públicos André Nepomuceno.

BRB divulga nota com inverdades

Na quinta (5), um dia antes da negociação, o BRB divulgou uma nota sobre a negociação da PLR que, além de agressiva ao Sindicato, falta com a verdade para com os funcionários.

Na nota, o banco afirma que o Sindicato, além de demorar nas negociações, negligenciou informação aos bancários.

O fato é que, em que pese todos os esforços do Sindicato, o banco é que sempre protela as discussões, pois a comissão de negociação não tem poderes para determinar nada, e tudo que é discutido, invariavelmente, vai para avaliação da diretoria e do Conselho de Administração (Consad), para posteriormente ser respondido ao Sindicato, o que provoca imensa demora no processo.

Apenas para ilustrar, desde janeiro, foram realizadas 8 reuniões, e desde a primeira, em 6 de janeiro, o Sindicato defende a adoção de um novo modelo, e apresentou uma proposta, que começou efetivamente a ser discutida.

Nas duas reuniões seguintes, em 4 de fevereiro e 6 de março, o banco disse que ainda estava estudando a proposta. Somente em 17 de março, o banco deu resposta, rejeitando quase todos os pontos apresentados ainda em janeiro.

Posteriormente, nas negociações de 28 de março, 4 de abril, 7 de abril e 13 de abril, continuaram as discussões acerca de pontos de convergência na proposta apresentada pelo Sindicato em 6 de janeiro.

Por fim, em 2 de maio, espantosamente, o banco retrocede e joga por terra toda discussão feita até então e apresenta como proposta a repetição de parte do modelo do 2º semestre de 2015.

“O banco, de forma agressiva e inverídica, tenta confundir os bancários do BRB ao emitir uma nota como a que foi divulgada em 5 de maio. Este tipo de comportamento não contribui em nada, especialmente no momento em que o banco mais precisa da união de todos em busca de um objetivo comum, que é alavancar o BRB”, afirmou o diretor do Sindicato Antonio Eustáquio, que também é bancário do BRB.

Outro aspecto afirmado pela nota do banco é que não corresponde com a verdade, trata-se de não ter dado divulgação as propostas do banco. Primeiro, importante ressaltar, e o banco pode comprovar pelas divulgações feitas, que todas as reuniões com seus resultados foram divulgadas; segundo, o Sindicato considera descabido divulgar uma proposta inacabada, pois o processo de discussão ainda está em curso, e boa parte do que o banco apresenta, por ser tão ruim é rechaçada na própria mesa.

“É um exercício de delírio o banco querer que o Sindicato divulgue péssimas propostas, mesmo estas tendo sido negadas em mesa. Evidencia-se desta afirmação contida na nota do BRB do dia 5 de maio, a certeza de que os negociadores do banco carecem de formação sobre como é um verdadeiro processo de negociação”, finalizou o secretário de Bancos Públicos da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), André Nepomuceno, que também é bancário do BRB.

Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação


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