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8 de Setembro de 2016 às 17:40

Greve cresce na véspera de negociação com Fenaban e Fetec-CUT/CN defende aumento real

Para Federação Centro Norte, bancários não podem aceitar estratégia dos bancos de trocar ganho real por abono, o que divide e impõe perdas à categoria


Crédito: Fetec-CUT/CN

A greve nacional dos bancários cresceu em todo o país, inclusive na região Centro Norte, nesta quinta-feira 8 de setembro, véspera da retomada das negociações do Comando Nacional com a Fenaban, em São Paulo. Segundo levantamento da Contraf-CUT, em relação ao primeiro dia subiu de 7.359 para 8.454 agências e 38 centros administrativos no Brasil inteiro o número de locais paralisados, o que representa um crescimento de 13%. 

Na região Centro Norte, exceto Brasília, que está fazendo paralisações por região, a greve fechou 925 agências nas outras 11 bases sindicais da Fetec-CUT/CN, o que dá um aumento de 22% comparado com o primeiro dia.

“Foi a força da greve que levou os banqueiros a se mexerem, chamando nova rodada de negociação para esta sexta-feira, dia 9, depois que a categoria rejeitou a proposta indecente muito abaixo da inflação e com a armadilha do abono. Os bancários estão na expectativa de que a Fenaban apresente uma nova proposta que atenda suas reivindicações sobre aumento salarial e avanços nas questões sociais”, diz José Avelino, presidente da Fetec-CUT/CN e membro do Comando Nacional dos Bancários.

A diretoria executiva da Fetec-CUT/CN divulgou nota oficial nesta quinta-feira 8 afirmando que os bancários “estão muito preocupados com os rumos da Campanha Nacional de 2016, em face da claríssima estratégia que os banqueiros estão tentando impor à categoria, que é de quebrar a política de aumentos reais de salário e valorização do piso, vitoriosa nos últimos 12 anos, para ressuscitar a política de reajustes abaixo da inflação, adocicada com a concessão de abonos”.

Para a Fetec-CUT/CN , essa estratégia dos bancos é semelhante à empregada por eles durante o governo Fernando Henrique Cardoso e pode dividir a categoria, abrindo caminho para impor mais perdas aos bancários no futuro. Segundo cálculo do Dieese, com a política de reajustes abaixo da inflação e concessão de abonos, de 1995 a 2002 (os dois governos FHC) os bancários dos bancos privados tiveram perdas de 4,60% nos salários, os do Banco do Brasil 33,53% e os empregados da Caixa 37,38%.

“Por tudo isso, temos que continuar firmes na nossa estratégia e deixar bastante claro aos banqueiros na rodada de negociação desta sexta-feira, dia 9, que a categoria não aceitará em hipótese alguma proposta que rebaixe salário e desvalorize o piso. Enquanto não formos atendidos vamos fortalecer ainda mais a nossa greve, além de apoiar as mobilizações das outras categorias em campanha salarial”, acrescenta a nota da Fetec-CUT/CN.

Leia aqui a íntegra da nota oficial da Fetec-CUT/CN.

Veja também aqui nossa galeria de imagens.

E confira abaixo como foi a paralisação nesta terça-feira 6 nas 12 bases sindicais da Fetec-CUT/CN:

Fonte: Fetec-CUT/CN


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