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31 de Agosto de 2016 às 17:40

Fetec-CUT/CN orienta assembleias a rejeitarem proposta e aprovarem greve a partir do dia 6

Assembleias serão realizadas em todo o país nesta quinta-feira 1º de setembro. Para Federação, proposta dos bancos rebaixa salários e ignora demandas sobre emprego, saúde e condições de trabalho


Crédito: Fetec-CUT/CN

A Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) orienta os sindicatos filiados a defenderem nas assembleias que serão realizadas nesta quinta-feira 1º de setembro a rejeição da proposta da Fenaban apresentada na segunda-feira, de reajuste de apenas 6,5%, e aprovação de greve por tempo indeterminado a partir do dia 6.

Seguindo orientação do Comando Nacional dos Bancários, do qual faz parte, a Fetec-CUT/CN tomou a decisão na assembleia geral extraordinária realizada nesta terça-feira 30 em Brasília, que além dos dirigentes da executiva contou também com a presença de representantes dos sindicatos de Brasília, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Campo Grande, Acre, Roraima, Amapá, Ride (Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno), Rondonópolis (MT), Dourados (MS) e Barra do Garças (MT).


“A proposta da Fenaban é inaceitável porque, apesar dos enormes lucros dos bancos, rebaixa os salários da categoria, introduz a armadilha do abono em troca de reajuste, não garante emprego e desrespeita os bancários ao rejeitarem as demandas sobre preservação da saúde, fim das metas abusivas e do assédio moral, garantia de emprego, segurança e igualdade de oportunidades. Por isso devemos rejeitar a proposta e ir à greve a partir do dia 6”, afirma José Avelino, presidente da Fetec-CUT/CN e integrante do Comando Nacional.

O índice de 6,5% sequer repõe a inflação do período, projetada em 9,57%, e representa perda real de 2,8%. Mas Fetec-CUT/CN alerta os bancários principalmente para a questão do abono de R$ 3 mil, já que, proposto no lugar de aumento real para os salários, representa perdas significativas aos trabalhadores, uma vez que ele é pago só uma vez, não se integra aos salários e ainda sofre incidência de imposto de renda. E não tem reflexo sobre FGTS, férias e 13º salário, por exemplo.

“A política de abono foi implantada na década de 1990 pelo governo Fernando Henrique Cardoso e foi um importante instrumento patronal para reduzir salário dos trabalhadores. Não podemos aceitar esse retrocesso”, adverte Avelino. 

A proposta dos bancos

Reajuste de 6,5% (perda de 2,80% em relação à inflação de 9,57% dos últimos 12 meses) sobre todas as verbas salariais.

Abono salarial de R$ 3.000,00, em única parcela, que não será incorporado aos salários.

Piso portaria após 90 dias - 1.467,17 (incidência dos 6,5% aos valores atuais).

Piso escritório após 90 dias - R$ 2.104,55.

Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.842,96 (salário mais gratificação mais outras verbas de caixa).

PLR regra básica - 90% do salário mais R$ 2.153,21, limitado a R$ 11.550,90. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25.411,97.

PLR parcela adicional - 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.306,41.

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Antecipação da PLR
Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva e a segunda até 2 de março de 2017. 

Regra básica - 54% do salário mais fixo de R$ 1.291,92 , limitado a R$ 6.930,50 e ao teto de 12,8% do lucro líquido - o que ocorrer primeiro.

Parcela adicional - 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2015, limitado a R$ 2.153,21.
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Auxílio-refeição - R$ 31,57.

Auxílio-cesta alimentação - R$ 523,48.

13ª cesta-alimentação – R$ 524,48.

Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 420,36.

Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 359,61.

Gratificação de compensador de cheques - R$ 163,35.

Requalificação profissional - R$ 1.437,43.

Auxílio-funeral - R$ 964,50.

Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto - R$ 143.825,29.

Ajuda deslocamento noturno - R$ 100,67.


As principais reivindicações dos bancários


˃ Reajuste salarial de 14,78%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação.

˃ PLR de três salários mais R$ 8.317,90 fixos para todos.

˃ Piso salarial de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

˃ Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

˃ Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

˃ Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

˃ Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

˃ Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

˃ Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, como determina a legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

˃ Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).



Calendário de mobilização

1º/9 – Assembleias em todo o país para deliberar sobre proposta da Fenaban.

 

Fonte: Fetec-CUT/CN


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