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10 de Agosto de 2020 às 14:32

Bancári@s e Fenaban negociam hoje saúde e condições de trabalho. Às 13h, tem tuitaço

Debate será a partir das 14h, por videoconferência. É a terceira rodada de negociações da Campanha Nacional 2020. Já foram discutidos teletrabalho e emprego


● Cansaço e fadiga constante são resultado da cobrança excessiva pelo cumprimento de metas

● Mais de um terço dos bancári@s recorrem a antidepressivos, ansiolíticos ou estimulantes para se medicarem

● Transtornos mentais e comportamentais foram a principal causa dos afastamentos na categoria

Nesta terça-feira (11), a partir das 14h, o Comando Nacional d@s Bancári@s faz a terceira rodada de negociações da Campanha Nacional 2020 com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). O tema será Saúde e Condições de Trabalho. Condições de trabalho precárias, novas ferramentas de gestão, forte pressão para se atingir metas são parte de um cenário que se desenvolve nos últimos anos e que foi agravado pela pandemia do coronavírus.

Antes do início das negociações vamos fazer um tuitaço para mostrar que saúde é prioridade para @s bancári@s. A partir das 13h, vamos mostrar para os bancos que eles não podem colocar o lucro acima da nossa saúde. Vamos todos tuitar juntos #SaúdeAcimaDoLucro.

A negociação desta terça-feira tem por base a minuta entregue pelo comando para a Fenaban, elaborada com base em consulta nacional feita este ano com quase 30 mil bancári@s. Mais da metade dos entrevistados (54,1%) respondeu que o cansaço e a fadiga constante são o resultado da cobrança excessiva pelo cumprimento de metas. A consulta permitia mais de uma resposta. A crise de ansiedade foi apontada por 51,6% como impacto na saúde.

Outros efeitos do trabalho exaustivo identificados na consulta foram dificuldade para dormir (39,3%); crise de ansiedade (51,6%); crises constantes de dor de cabeça (24,2%), e dores de estômago e gastrite (24,1%). Mais de um terço dos bancári@s (35%) recorrem a antidepressivos, ansiolíticos ou estimulantes para se medicarem. 

Adoecimento crescente

 A reestruturação das atividades bancárias nas últimas décadas modificou o contexto de trabalho trazendo crescente adoecimento da categoria. Gerou mais pressão e levou muito trabalhadores do setor a se afastarem do trabalho.

Levantamento do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese) com dados da Previdência Social mostra que, de 2009 a 2013, houve um aumento de 40,4% do número total de auxílio-previdenciário e de auxílio-acidentário concedidos aos trabalhadores do setor bancário. Nos demais setores da economia também houve elevação do número de benefícios no período, porém, num ritmo menor do que o verificado nos bancos. Nesses setores, o crescimento foi de 26,2%.

Quando o tema é o dano à saúde, o destaque vai para o aumento das doenças relacionadas ao trabalho como os transtornos mentais. De 2014 a 2018, os transtornos mentais e comportamentais foram a principal causa dos afastamentos, com participação crescente, em torno de 28%.

Em 2020, o Comando Nacional d@s Bancári@s negociou com a Fenabn e conquistou medidas para prevenção da saúde da categoria logo no início da pandemia. Ao longo da quarentena, cerca de 300 mil bancári@s foram liberados para trabalhar em casa em mudança nos salários. O movimento sindical também vem cobrando o afastamento de funcionári@s que tenham em suas casas parentes do grupo de risco. O atendimento à população no período foi feito pela categoria, que se mostrou essencial durante a pandemia.

São os maiores cuidados com as condições de trabalho e com o impacto na saúde da categoria são serão negociados nesta terça-feira (11) com a Fenaban. Acompanhe as negociações pelas nossas redes sociais.

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