(Brasília) - Em ato realizado na manhã desta quarta-feira (2) na Praça do Cebolão, o Sindicato dos Bancários de Brasília, o Sindicato dos empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Trabalho Temporário, Prestação de Serviços e Serviços Terceirizáveis no Distrito Federal (Sindiserviços) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT Brasília) denunciaram a discriminação da empresa Focus com seus próprios funcionários, trabalhadores terceirizados do Banco do Brasil.
De acordo com as inúmeras denúncias, quando trabalham aos sábados, os funcionários da Focus não recebem vale-alimentação e nem tíquete-refeição, são proibidos de circular nas partes comuns do edifício Sede I do Banco do Brasil, fazem refeições em local isolado, quente, sem ventilação e escuro. Além dessas ‘benesses’, os trabalhadores são proibidos de entrar pela entrada principal do Sede I. Eles só podem ter acesso ao prédio pela garagem do subsolo, local ermo e sem segurança.
“Estamos aqui nesta grande manifestação para protestar contra os atos discriminatórios praticados pela Focus, empresa terceirizada contratada pelo BB. Os trabalhadores da limpeza, que são iguais a todos nós, merecem respeito e não podem ser discriminados”, afirmou o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Wescly Queiroz, que também é bancário do BB.
Secretário de Política Sindical, José Garcia também condenou a postura da empresa Focus. “Em hipótese alguma, admitiremos este tipo de discriminação no local de trabalho. Por esse motivo, realizamos este ato conjunto com o Sindiserviços e a CUT Brasília para coibir os atos desrespeitosos e discriminatórios capitaneados pela Focus”, criticou o dirigente sindical.
Para se ter uma ideia da gravidade do problema enfrentado pelos trabalhadores, um funcionário da empresa foi demitido por ter denunciado as péssimas condições de trabalho e a conduta da Focus.
A direção do BB está ciente dos problemas enfrentados pelos funcionários da Focus, uma vez que foi realizada negociação com os representantes da instituição financeira cobrando uma solução definitiva para o drama enfrentado pelos trabalhadores. Durante a negociação, o BB se comprometeu a cobrar da empresa Focus melhores condições de trabalho e o pagamento do tíquete-refeição e do vale-alimentação aos sábados. Apesar da promessa, nenhuma providência foi tomada para resolver os problemas.
Chega de assédio moral
“Basta de assédio moral. Estamos aqui todos juntos para denunciar a Focus e cobrar da direção do BB o cancelamento do contrato com esta empresa que não respeita seus próprios trabalhadores”, disse o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto, que também é bancário do BB.
Durante o protesto contra a conduta discriminatória da empresa Focus, bancários, sindicalistas, funcionários terceirizados lotados no Edifício Sede I, Sede II e Sede III do BB e demais trabalhadores filiados à CUT Brasília usaram o microfone para revelar as práticas da empresa.
Revoltados com a empresa Focus, trabalhadores aderiram ao ato e paralisaram suas atividades por duas horas.
Rodrigo Couto
Do Seeb Brasília
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