Brasília - Em entrevista ao programa ‘DF no Ar’, exibido pela TV Record na manhã desta terça-feira (30), o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, alertou a população sobre a importância da greve da categoria. Ele explicou os motivos da greve e mostrou que as reivindicações dos bancários não se atêm apenas a cláusulas econômicas, mas também a melhorias nas condições de trabalho e no atendimento à sociedade.
Segundo Araújo, muito do estresse enfrentado pelos bancários é causado pelo número insuficiente de trabalhadores nas agências, fato que interfere diretamente no atendimento de clientes e usuários. Para resolver esse problema, a Campanha Nacional dos Bancários reivindica a contratação de mais pessoal.
A pauta dos bancários inclui, ainda, a diminuição das taxas e dos juros e o fim das tarifas abusivas, além de melhorias salariais. O setor financeiro ganha mais de R$ 5 bilhões só em tarifas e, mesmo assim, os bancos privados cortaram mais de 3.500 postos de trabalho em 2014. Ou seja, mesmo com resultados positivos, não há a contrapartida aos trabalhadores do setor e, muito menos, melhorias no atendimento à população.
“Os bancos se recusaram a apresentar propostas importantes para nossa pauta de reivindicações, formada por quatro eixos: emprego, saúde, segurança e condições de trabalho. A gente exige que haja também avanços nas questões não econômicas. Não é só o dinheiro que nos interessa”, esclarece o presidente do Sindicato.
Diante desse cenário, os bancários tentaram negociar com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), mas não obtiveram avanços significativos. Por isso, a greve se apresenta como último recurso para pressionar os patrões a avaliarem as reivindicações da categoria.
17 de Junho de 2021 às 08:35
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