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22 de Março de 2019 às 16:51

Trabalhadores ocupam as ruas do país contra reforma da Previdência e apontam para greve geral

Panfletagens, assembleias no local de trabalho, diálogo com a população e atos contra o fim da aposentadoria marcaram Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência


Ato em Fortaleza reuniu 30 mil trabalhadores e trabalhadoras em defesa da Previdência

(Atualizado dia 23/3, às 2h05)

Dezenas de milhares de trabalhadores saíram às ruas em todo o país nesta sexta-feira 22 de março, Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, para protestar contra a reforma da Previdência que o governo Bolsonaro enviou ao Congresso Nacional, que restringe o acesso à aposentadoria e reduz o valor do benefício, prejudicando milhões de pessoas, especialmente os que começam a trabalhar mais cedo, e os idosos que vivem em situação de miserabilidade. Os bancários da região Centro-Norte e de todo o país participaram das manifestações junto com as demais categorias de trabalhadores.

Em São Paulo, na maior manifestação realizada na avenida Paulista pelas centrais sindicais, que reuniu 70 mil trabalhadores no final da tarde, o presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, advertiu: "Se colocar para votar a reforma da Previdência, nós vamos fazer a maior greve geral da história deste País". Veja como foi o ato na Paulista.

Desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira os trabalhadores e trabalhadoras ocuparam as ruas do país. Os metalúrgicos e metalúrgicas da Ford e da Mercedes-Benz realizaram assembleias, às 6h30, e aprovaram a participação na greve geral, que pode ser convocada pela CUT e demais centrais sindicais a qualquer momento para barrar a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 006/2019) da reforma da Previdência do governo. Em seguida, seguiram em passeata pelas ruas de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

Panfletagens, assembleias no local de trabalho, diálogo com a população e atos ocorreram em diversas cidades do país, como em Fortaleza, onde se reuniram mais de 30 mil pessoas, e em Campo Grande, onde 10 mil pessoas protestaram contra a reforma e em defesa do direito à aposentadoria do povo trabalhador.

Os ônibus da capital paulista, de Salvador, de Natal e de Guarulhos não circularam por algumas horas na manhã desta sexta (22) porque os motoristas e cobradores decidiram mostrar que são contra a reforma da Previdência de Bolsonaro.

Já os trabalhadores e trabalhadoras dos ônibus que circulam na Região Metropolitana de Recife vão parar as atividades às 15h para se unir as demais categorias profissionais – metalúrgicos, bancários, professores, metroviários, servidores públicos federais, municipais e estaduais, entre outras – no ato em defesa da aposentadoria, na Praça do Derby, no centro da capital pernambucana.

A mobilização também ocorreu nas redes sociais, o que ajudou a fortalecer ainda mais a luta dos trabalhadores e trabalhadoras nas ruas. Minutos após ser postada, a hashtag #LutePelaSuaAposentadoria, criada pelos organizadores do Dia Nacional em Defesa da Previdência, já estava em primeiro lugar no trending topics do Twitter no Brasil, onde permanece há mais de duas horas.

E as mobilizações não acabaram. Ao longo de todo o dia ocorrerão atos em diversos locais. Mais de 126 cidades confirmaram ações neste dia 22 de março. Acompanhe todos os detalhes no minuto a minuto do Portal CUT.

Confira os atos que ocorreram nesta manhã em todo Brasil:

Amapá

Em Macapá, a luta contra a reforma da Previdência começou logo nas primeiras horas da manhã. Os trabalhadores e trabalhadoras ocuparas as ruas da cidade em defesa da aposentadoria #LutePelaSuaAposentadoria

Bahia

Em Salvador, na Bahia, além da paralisação dos rodoviários e de outras categorias profissionais, a manifestação convocada pela CUT e demais centrais sindicais reuniu 10 mil trabalhadores e trabalhadoras na Rótula do Abacaxi. De lá, todos seguiram em caminhada pelo centro comercial da cidade.

A dirigente da Direção Nacional da CUT, Elisângela Araújo, parabenizou os trabalhadores pela mobilização no Dia Nacional em Defesa da Previdência e reforçou que a luta de resistência é a única forma de garantir o direito à aposentadoria.

Ceará

Em Fortaleza, no Ceará, os trabalhadores e trabalhadoras tomaram as ruas da capital contra a Reforma da Previdência de Bolsonaro. Mais de 30 mil pessoas mandaram o recado ao governo: “Não mexam nas nossas aposentadorias”

 

Na cidade de Cruz, no interior do Ceará, os trabalhadores e trabalhadoras, sobretudo do campo, também se mobilizaram em defesa da Previdência.

Espírito Santo

Uma passeata em Vitória marcou o Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência no Espírito Santo.

Mato Grosso do Sul

No Mato Grosso do Sul, mais de 10 mil pessoas de 42 municípios do estado se reuniram em Campo Grande para lutar pelo direito de ter uma aposentadoria digna na velhice. Milhares de trabalhadores e trabalhadoras tomaram a Praça do Rádio, onde se concentraram para seguir em caminhada pelas ruas da cidade.

"A CUT está realizando atos em todo o país. Estamos nos preparando para a greve geral, contra a Reforma da Previdência. Ou enterramos a Reforma ou ela enterra a gente", disse Sueli Veiga, dirigente executiva da CUT e vice-presidenta da Fetems .

Maranhão

Os trabalhadores e trabalhadoras de São Luis do Maranhão também são contra a reforma da Previdência e saíram às ruas para darem o recado: “não roubem a nossa aposentadoria”

Minas Gerais

Em Belo Horizonte, Minas Gerais, os trabalhadores e trabalhadoras fizeram ato no centro em defesa da aposentadoria. Em Juiz de Fora, teve ato no centro histórico, que reuniu milhares de pessoas na luta contra a reforma da Previdência.

Paraná

No Paraná, teve mobilização dos trabalhadores em Curitiba, na capital, e em cidades do interior, como Maringá e Cornélio Procópio. Na unidade de Industrialização do Xisto, em São Mateus do Sul, os petroleiros paralisaram as atividades pela manhã contra a reforma da Previdência.

Pernambuco

Em Pernambuco, os trabalhadores também se mobilizaram nas cidades de Petrolina e no Recife.  Teve ato também no Terminal Aquaviário de Suape (Transpetro), em Ipojuca.

Piauí

No Piauí, foram registradas mobilizações na capital, Teresina, e na cidade de Parnaíba. Os trabalhadores e trabalhadoras em defesa da aposentadoria #LutePelaSuaAposentadoria

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, trabalhadores da zona industrial de Santa Cruz, na zona oeste da cidade, protestaram contra a reforma da Previdência. Os petroleiros fizeram atos na Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense. Teve panfletagem também no Largo do Machado.

Rio Grande do Norte

No Rio Grande do Norte, os trabalhadores e trabalhadoras se mobilizaram em defesa da aposentadoria nos municípios de Caraúbas, Angicos, Equador, Porto do Mangue e Mossoró.

Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul, metalúrgicos de São Leopoldo fizeram ação logo pela manhã contra a reforma do Bolsonaro. Teve manifestação e panfletagem também em Novo Hamburgo.

Rondônia

Em Rondônia, teve um seminário na sede do Sintero para esclarecer os trabalhadores e trabalhadoras sobre as consequências da reforma da Previdência.

Santa Catarina

Em Santa Catarina, teve panfletagem, diálogo com a população e ato em frente às agências do INSS de Caçador, Blumenau, Chapecó, Joinville, Laguna, Criciúma, Coronel de Freitas, Concórdia e Joaçaba.

São Paulo

Além do ato dos metalúrgicos do ABC em frente a Ford e a Mercedes, em São Bernardo do Campo, teve mobilização dos trabalhadores da Comgás, na capital paulista, e dos eletricitários de Presidente Prudente.

Também houve atos em Limeira, São Carlos e Campinas, no interior paulista. Em São José dos Campos, participaram metalúrgicos da General Motors, Heatcraft, Prolind, Panasonic e Eaton, segundo o sindicato da região, informando ainda que houve assembleias na Latecoere e Armco (Jacareí) e na MWL (Caçapava).

Foram registrados também atrasos em fábricas de outros setores, como a Basf (indústria química) e Heinneken (alimentação), ambas em Jacareí.

Tocantins

No Tocantins, o Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência contou com participação das quebradeiras de coco do município de Sítio Novo. Trabalhadores e trabalhadoras também realizaram manifestação em Palmas.


Fonte: Fetec-CUT/CN, com CUT Nacional


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