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22 de Julho de 2016 às 06:41

Sindicato protesta contra a retirada do adicional de insalubridade aos avaliadores da Caixa


Crédito: SEEB/MT

Cuiabá MT - Nesta quinta-feira (21.07), o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb/MT) percorreu várias agências da Caixa cobrando mais respeito aos avaliadores de penhor.  A Caixa quer retirar o pagamento do adicional de insalubridade. O mais recente comunicado do banco, de segunda-feira 18, informa que o pagamento será mantido por apenas mais 90 dias.

Durante o dia, os diretores do Sindicato percorreram agências da Caixa de Cuiabá e Várzea Grande distribuindo panfleto aos empregados e aos clientes denunciando essa arbitrariedade do Banco. A mobilização começou na Agência da Caixa localizada na Avenida Miguel Sutil, seguiu pelas agências da 13 de junho, Coxipó e Avenida Filinto Muller.

A atividade fez parte do Dia Nacional de Luta dos trabalhadores do banco público e foi orientada pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa). Os diretores do Seeb/MT  reuniram-se com os trabalhadores e denunciaram a clientes os ataques aos empregados, em especial aos avaliadores de penhor, tesoureiros e caixas. Esses últimos correm o risco de extinção.

O valor do adicional de insalubridade é pago há mais de 40 anos, representando hoje apenas R$ 352,00 em razão dos riscos à saúde gerados pela manipulação de produtos químicos. De acordo com o secretário de finanças e empregado da Caixa, John Gordon o adicional de insalubridade dos avaliadores de penhor é um direito que a Caixa, de forma unilateral quer subtrair dos trabalhadores. “A luta é para que o banco  garanta um ambiente saudável para o setor, com mais valorização profissional e condições dignas de trabalho”. 

Segundo o delegado sindical de base da Caixa e avaliador de penhor, Tulane Batista de Almeida, a Caixa está descaracterizando a situação de insalubridade para reduzir custos. “Essa medida, além de ser uma meramente economicistas é arbitrária, pois a manipulação de soluções ácidas para testar joias é altamente prejudicial à saúde”, afirma

“Manuseamos produtos químicos, operamos aparelho de Raio X, em ambientes sem ventilação adequada e não temos nem pia com água corrente para uma emergência, em caso de acidente. Temos laudo que apontam a atividade como insalubre. Não tem cabimento a Caixa alegar que o ambiente não é insalubre”, desabafa o avaliador de penhor.

O presidente do Seeb/MT, Clodoaldo Barbosa, disse que o banco não está preocupado com a saúde do trabalhador. “A Caixa não quer reconhecer o risco que o trabalhador está correndo, está desconsiderando os laudos e os estudos apresentados há décadas e quer um novo laudo, porém na verdade é apenas uma manobra para retirar direitos. Não aceitaremos a retirada de nenhum direito”, afirma, ressaltando que é necessário manter a mobilização para garantir as conquistas. 

 

Fonte: SEEB/Mato Grosso


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