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9 de Outubro de 2017 às 17:02

Sindicato participa de audiência na Câmara dos Deputados sobre fechamento de agências


Crédito: SEEB/Brasília

Brasília - Diretores do Sindicato e da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) participaram de audiência pública na Câmara dos Deputados, na manhã desta quinta-feira (5), para tratar do fechamento de agências de bancos públicos no país. Presidente do Sindicato, Eduardo Araújo foi um dos expositores do encontro.

A convite dos deputados Erika Kokay (PT-DF) e Valadares Filho (PSB-SE), presidente da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia da Câmara (Cindra), os representantes dos bancários apresentaram dados que comprovam a ofensiva privatista sobre os bancos públicos federais, estaduais e de fomento.

Só no Banco do Brasil, de janeiro a maio deste ano, foram fechadas 929 agências no país, com redução de quase 10 mil postos de trabalho. No dia em que se comemora o Dia do Bancário, em 28 de agosto, a Caixa divulgou que fecharia mais de 120 agências, afetando mais de 4 mil empregados e empregadas.

Durante sua fala, o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, alertou sobre o interesse privado no patrimônio público. “Os bancos privados se concentram nas grandes cidades, não têm interesse em atuar nos rincões do país. Nesses lugares, o acesso aos serviços bancários só chega por meio do banco público. Não fosse o desmonte das instituições públicas, que já demonstraram capacidade de avançar ainda mais, tomariam o lugar dos bancos privados”, destaca Araújo.

O presidente reforçou ainda que os bancos têm aproveitado os sinistros em agências para fechar o local em definitivo. Para Araújo, essa lógica desassiste a população que mais precisa, inviabiliza a distribuição de recursos, precariza o atendimento bancário e enfraquece os bancos.

Para o presidente da Fetec-CUT/CN, Cleiton dos Santos, que também foi expositor na audiência, “à medida que os bancos reduzem o número de agências para atender à população, a qualidade do atendimento fica comprometida. A nova modalidade de privatização dos bancos públicos passa pelo sucateamento, abrindo espaço para que os bancos privados atuem onde as instituições públicas deveriam estar”.

O fechamento das agências ameaça o papel social dos bancos públicos e coloca em xeque o desenvolvimento das regiões mais carentes e inserção da população na economia. Como proposta, o Sindicato sugeriu encaminhar o debate à Comissão de Direitos do Consumidor da Câmara. A entidade também propôs iniciar uma campanha pela democratização do Conselho Monetário Nacional (CMN), já que o órgão só tem representantes do mercado financeiro. O Sindicato já estuda ações nesse sentido.


Joanna Alves
Do Seeb Brasília


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