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30 de Novembro de 2016 às 08:06

Sindicato faz protesto conta a reestruturação no Banco do Brasil


Crédito: SEEB/PA

Belém PA - Somos contra essa reestruturação do Banco do Brasil que prevê fechamento de agências, demissões e precarização do atendimento bancário! Esse foi o recado levado pelo Sindicato dos Bancários do Pará à população de Belém durante ato público realizado na manhã dessa terça-feira (29), em frente à superintendência do BB.

O ato reuniu dirigentes e funcionários do Sindicato, que através de panfletos e carro som dialogavam com a população sobre os perigos que esse modelo de reestruturação representa para a categoria bancária e para toda sociedade brasileira.

“O que o governo golpista de Michel Temer (PMDB) tenta implementar com esse projeto de reestruturação do Banco do Brasil é o resgate do velho modelo privatista da era de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Eles querem fechar agências, reduzir o quadro de funcionários sem proposta de convocação de concursados, forçar aposentadorias, acabar com concurso público para o banco e piorar ao máximo o serviço desse que é o maior banco público do país exatamente para criar as condições necessárias para sua privatização. Mas isso nós não vamos permitir, porque o Banco do Brasil não é do presidente da República, nem do ministro da Fazenda ou do presidente do banco, ele é patrimônio do povo brasileiro e vamos lutar para que assim continue sendo”, afirma o diretor do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil, Gilmar Santos.

REESTRUTURAÇÃO DO BANCO DO BRASIL PREJUDICA BANCÁRIOS E CLIENTES

Ao lado dos funcionários, os clientes são os maiores prejudicados pela reestruturação do Banco do Brasil, anunciada no ¬dia 20 de novembro. O fechamento de 402 agências, a transformação de outras 379 em postos de atendimentos e a saída de 18 mil funcionários por meio de plano de incentivo à aposentadoria atingem diretamente o atendimento à população.

No Pará, o Banco do Brasil já fechou em 2016 duas agências em Belém (Generalíssimo e Gentil) e pretende fechar mais duas, provavelmente no início de 2017 (Mosqueiro e 9 de janeiro). De acordo com o banco, clientes e funcionários das agências Generalíssimo e Gentil foram remanejados para as unidades Nazaré e Batista Campos. Caso as agências de Mosqueiro e 9 de janeiro sejam, de fato, fechadas, os bancários e clientes seriam automaticamente remanejados para Benevides, Marituba e Ananindeua.

“A reestruturação anunciada pelo Banco do Brasil é um total desrespeito com a sociedade e co a categoria bancária. Fazer um plano de aposentadoria para 18 mil pessoas sem anunciar novos concursos; extinguir a função de diversos funcionários sem a menor garantia de que serão reaproveitados na mesma função; fechar agências e amontoar os trabalhadores em uma outra agência sem a menor estrutura são elementos que comprovam falta de ética e de sensibilidade com diversos trabalhadores. Precisamos construir uma grande unidade entre a categoria bancária, a classe trabalhadora em geral e a sociedade brasileira com um todo para barrar esse desmonte do patrimônio público nacional pretendido pelo presidente golpista Michel Temer”, destaca Fábio Gian, dirigente sindical e diretor regional da ANABB no Estado.

REESTRUTURAÇÃO AFETARÁ ACESSO AO CRÉDITO

A medida também terá impacto no acesso ao crédito. Os bancos públicos aumentaram o crédito de 38% para 57% de 2008 para 2016, enquanto os privados tiveram redução de 5% nos últimos dois anos.

A falta de responsabilidade social do BB ¬fica clara ao anunciar mudança tão brusca num momento em que a economia brasileira passa por forte retração da atividade econômica, elevação do desemprego e queda na renda das famílias. O BB é responsável, por exemplo, por cerca de 60% do crédito agrícola no país. Esse desmonte só interessa aos bancos privados, que não terão concorrência, num sistema ¬financeiro extremamente concentrado e sem os bancos públicos fortes, toda a sociedade perde.

“As alternativas para a saída da crise devem ser debatidas e construídas com toda a população e exigem a retomada da expansão do crédito para setores prioritários como moradia popular, agricultura familiar, pequenas e médias empresas. Atacar os bancos públicos com a precarização de seus serviços e das condições de trabalho da categoria bancária com o intuito de economizar dinheiro para pagar juros de dívidas públicas a bancos privados é um crime contra a sociedade. Por isso, lutar contra esse governo golpista é necessário e urgente, pelo bem do patrimônio público nacional e dos direitos da classe trabalhadora”, avalia a diretora do Sindicato e funcionária do Banco do Brasil, Tânia Barbosa.

REUNIÃO SOBRE REESTRUTURAÇÃO-BB HOJE ÀS 18h

Hoje (29), às 18 horas, na sede do Sindicato dos Bancários do Pará (Rua 28 de setembro nº 1210, Reduto), teremos uma reunião com o funcionalismo do Banco do Brasil para tratar sobre as medidas de reestruturação anunciadas pelo Banco do Brasil e estratégias de luta da categoria para barrar esse projeto.

Contamos com a presença de todos e todas!

Fonte: Bancários PA


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