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21 de Julho de 2016 às 10:54

Sindicato critica política da Caixa em favorecer os ricos


Crédito: Reprodução

Brasília - Menos de dois meses após decidir acabar com os subsídios concedidos aos mutuários mais pobres do programa Minha Casa, Minha Vida, o governo interino de Micher Temer anuncia que, a partir da próxima segunda-feira (25), a Caixa passará a financiar imóveis no valor de até R$ 3 milhões, o dobro do limite de financiamento em vigor até agora, de R$ 1,5 milhão.  O percentual emprestado subirá de 70% para 80% (imóveis novos) e de 60% para 70% (usados).

Para o Sindicato, a má notícia desta política classista é mais uma demonstração de que o governo Temer privilegia abertamente os endinheirados e não tem nenhum comprometimento em promover a inclusão social das pessoas de baixa renda. E classifica a medida como uma inversão de prioridades em relação ao governo Dilma, que garantia o acesso dos pobres ao financiamento da casa própria, através do Minha Casa, Minha Vida.

Outra contradição apontada pelos dirigentes sindicais é que a ampliação do limite de financiamento é anunciada num momento em que a Caixa descarta novas contratações, em meio ao Programa de Apoio à Aposentadoria (PAA), enquanto reduz o número de empregados e ainda ameaça com o fechamento de agências.

 

Portaria revogada

Em maio, uma das primeiras medidas do governo Temer foi revogar a portaria da presidente Dilma Rousseff que ampliava os investimentos do Minha Casa, Minha Vida. Porém, por conta das manifestações dos movimentos de luta por moradia, realizadas em todo o país, a portaria foi relançada no início de junho. 


Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília


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