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1 de Dezembro de 2016 às 22:07

Sem respostas concretas do BB, Contraf-CUT orienta Dia Nacional de Luta em 7 de dezembro

Reunião sobre processo de reestruturação e fechamento de agências aconteceu nesta quinta-feira (1º), em Brasília


Crédito: Agnaldo Ferreira

Por intermédio da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a Contraf-CUT se reuniu com o Banco do Brasil, em Brasília, nesta quinta-feira (1º), em mais uma mesa de negociação sobre o processo de reestruturação que envolve fechamento de agências, cortes de cargos e funções, redução no quadro de funcionários e na jornada, e, ainda, um plano de aposentadoria com público alvo de 18 mil funcionários.

Os representantes dos funcionários reafirmaram ao banco que são contrários a esse processo de reestruturação por envolver cortes de mais de 9 mil postos de trabalho e vai provocar redução salarial de milhares de funcionários, caso estes não forem realocados. Ainda, o fechamento de mais de 400 agências e a transformação de 379 em posto de atendimento.

Os representantes dos trabalhadores também cobraram do banco respostas quanto a extensão do VCP (Verba de Caráter Pessoal), que tem como objetivo garantir a remuneração daqueles que perderão seus cargos ou tiveram suas agências extintas. Foi proposto ao banco que seja criado um VCP permanente, nos moldes da verba 226 do plano de funções.

De acordo com Rafael Zanon, representante da e Fetec-CUT/CN na Comissão de Empresa, "a proposta de VCP permanente apresentada pela comissão de empresa visa proteger os bancários contra possível redução de remuneração decorrente de reestruturação."

O banco não deu resposta quanto a extensão do VCP, alegando que o assunto ainda está sob análise, assim como o VCP para os Caixas efetivos e substitutos.

TAO especial

Para realocação dos funcionários, foi proposto ao banco que no TAO Especial criado com esta finalidade, seja adotado o critério de priorização e maior pontuação para a escolha dos funcionários na lateralidade. 

Considerando que os funcionários já passaram por um processo de seleção anterior e as nomeações acontecerão na lateralidade, uma forma de garantir um critério justo é pela melhor pontuação, tanto para escolha de quem fica nos casos de redução de cargos na própria dependência, quanto nas recolocações." Situação semelhante ocorreu nas incorporações do BEP, BESB e Nossa Caixa, quando funcionários oriundos desses bancos tiveram priorização de fato nas realocações", ressaltou em mesa Rafael Zanon.

Também foi proposto a priorização no TAO especial para os funcionários de gerências inteiras que estão migrando para outras dependências como é o caso de parte da UAG da DITEC.

Foi reivindicado que, mesmo depois de entrar em VCP, os funcionários tenham a pontuação do cargo anterior preservada para as concorrências na lateralidade.

Abertura de informações

O Banco do Brasil não forneceu a lista dos cargos e dotações cortadas em cada prefixo, alegando que o quadro não está fechado. O banco também não responde claramente o que vai acontecer com aqueles que não conseguirem realocação.

Ao mesmo tempo que não informa a planilha com os cargos cortados, o banco responde que a dotação dos postos de atendimento está no sistema.

Esta informação foi bastante criticada pelos sindicatos, remetendo ao vazamento de informações à imprensa antes de informar aos representantes dos trabalhadores. Os sindicatos consideram que quanto mais informação o banco fornecer vai facilitar o trabalho de realocação dos funcionários, evitando as situações de desespero que tem acontecido em várias regiões do país.

CCV

Em relação à assinatura de acordo referente à comissão de conciliação voluntária, o BB afirmou à comissão de empresa que enviará a proposta de minuta de acordo nos próximos dias. Assim, ainda continua a negociação sobre a abertura da CCV abarcando as funções das unidades agora abrangidas pelo plano de funções.

IN 361

A comissão de empresa também criticou a IN 361, que prevê migração compulsória para funções de 6 horas de funcionários que pleiteiam tal situação na justiça. Indagados se o normativo vale somente para as ações ingressadas após a sua publicação, os representantes da empresa responderam que irão esclarecer esse ponto até a próxima negociação com a comissão de empresa. Relataram ainda que nenhum administrador está autorizado a pressionar os bancários a aderir às 6 horas utilizando esse normativo.

Situação de desespero dos funcionários é relatada

Os sindicatos relataram ao BB a situação de desespero em muitos depoimentos de funcionários em todos os cantos do país. Mães e pais de famílias que perderão seus cargos não veem perspectiva de realocação, pois a extinção de muitos cargos como os de assistentes, gerentes de negócios e gerentes de serviço não terão vagas abertas nas mesmas localidades.

Para a comissão de empresa, os funcionários devem continuar a mobilização em todo o país para busca de uma resposta efetiva de proteção às pessoas que perderam seus cargos e funções. “O número de funcionários que sairão no plano de aposentadoria não está batendo com os cortes apresentados e os processos são distintos, uma vez que os cortes já estão dados. Mais uma vez, insistimos para que o banco garanta a remuneração das pessoas afetadas.", reforça Zanon.

A participação dos funcionários nas atividades de paralisação do último dia 29 e o Dia de Preto – Black Friday do BB no dia 25 mostrou que é grande a indignação dos funcionários.

Continuação da mobilização em todo o país

Diante das negativas e falta de resposta do BB para as reivindicações de proteção dos funcionários apresentadas, a Contraf-CUT orienta mais um Dia Nacional de Luta em todo o país para o próximo dia 7 de dezembro.

Nova reunião agendada

Nova reunião foi agenda entre a Comissão de Empresa da Contraf-CUT e o Banco do Brasil para o dia 8 de dezembro.

Também foi agendada reunião sobre o modelo digital dentro da reestruturação para o próximo dia 14 de dezembro.

 

Fonte: Contraf-CUT e Seeb Brasília

Sem respostas concretas do BB,  Contraf-CUT orienta Dia Nacional de Luta em 7 de dezembro

Reunião sobre processo de reestruturação e fechamento de agências aconteceu nesta quinta-feira (1º), em Brasília

Por intermédio da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a Contraf-CUT se reuniu com o Banco do Brasil, em Brasília, nesta quinta-feira (1º), em mais uma mesa de negociação sobre o processo de reestruturação que envolve fechamento de agências, cortes de cargos e funções, redução no quadro de funcionários e na jornada, e, ainda, um plano de aposentadoria com público alvo de 18 mil funcionários.

Os representantes dos funcionários reafirmaram ao banco que são contrários a esse processo de reestruturação por envolver cortes de mais de 9 mil postos de trabalho e vai provocar redução salarial de milhares de funcionários, caso estes não forem realocados. Ainda, o fechamento de mais de 400 agências e a transformação de 379 em posto de atendimento.

Os representantes dos trabalhadores também cobraram do banco respostas quanto a extensão do VCP (Verba de Caráter Pessoal), que tem como objetivo garantir a remuneração daqueles que perderão seus cargos ou tiveram suas agências extintas. Foi proposto ao banco que seja criado um VCP permanente, nos moldes da verba 226 do plano de funções.

De acordo com Rafael Zanon, representante da e Fetec-CUT/CN na Comissão de Empresa, "a proposta de VCP permanente apresentada pela comissão de empresa visa proteger os bancários contra possível redução de remuneração decorrente de reestruturação."

O banco não deu resposta quanto a extensão do VCP, alegando que o assunto ainda está sob análise, assim como o VCP para os Caixas efetivos e substitutos.

TAO especial

Para realocação dos funcionários, foi proposto ao banco que no TAO Especial criado com esta finalidade, seja adotado o critério de priorização e maior pontuação para a escolha dos funcionários na lateralidade. 

Considerando que os funcionários já passaram por um processo de seleção anterior e as nomeações acontecerão na lateralidade, uma forma de garantir um critério justo é pela melhor pontuação, tanto para escolha de quem fica nos casos de redução de cargos na própria dependência, quanto nas recolocações." Situação semelhante ocorreu nas incorporações do BEP, BESB e Nossa Caixa, quando funcionários oriundos desses bancos tiveram priorização de fato nas realocações", ressaltou em mesa Rafael Zanon.

Também foi proposto a priorização no TAO especial para os funcionários de gerências inteiras que estão migrando para outras dependências como é o caso de parte da UAG da DITEC.

Foi reivindicado que, mesmo depois de entrar em VCP, os funcionários tenham a pontuação do cargo anterior preservada para as concorrências na lateralidade.

Abertura de informações

O Banco do Brasil não forneceu a lista dos cargos e dotações cortadas em cada prefixo, alegando que o quadro não está fechado. O banco também não responde claramente o que vai acontecer com aqueles que não conseguirem realocação.

Ao mesmo tempo que não informa a planilha com os cargos cortados, o banco responde que a dotação dos postos de atendimento está no sistema.

Esta informação foi bastante criticada pelos sindicatos, remetendo ao vazamento de informações à imprensa antes de informar aos representantes dos trabalhadores. Os sindicatos consideram que quanto mais informação o banco fornecer vai facilitar o trabalho de realocação dos funcionários, evitando as situações de desespero que tem acontecido em várias regiões do país.

CCV

Em relação à assinatura de acordo referente à comissão de conciliação voluntária, o BB afirmou à comissão de empresa que enviará a proposta de minuta de acordo nos próximos dias. Assim, ainda continua a negociação sobre a abertura da CCV abarcando as funções das unidades agora abrangidas pelo plano de funções.

IN 361

A comissão de empresa também criticou a IN 361, que prevê migração compulsória para funções de 6 horas de funcionários que pleiteiam tal situação na justiça. Indagados se o normativo vale somente para as ações ingressadas após a sua publicação, os representantes da empresa responderam que irão esclarecer esse ponto até a próxima negociação com a comissão de empresa. Relataram ainda que nenhum administrador está autorizado a pressionar os bancários a aderir às 6 horas utilizando esse normativo.

Situação de desespero dos funcionários é relatada

Os sindicatos relataram ao BB a situação de desespero em muitos depoimentos de funcionários em todos os cantos do país. Mães e pais de famílias que perderão seus cargos não veem perspectiva de realocação, pois a extinção de muitos cargos como os de assistentes, gerentes de negócios e gerentes de serviço não terão vagas abertas nas mesmas localidades.

Para a comissão de empresa, os funcionários devem continuar a mobilização em todo o país para busca de uma resposta efetiva de proteção às pessoas que perderam seus cargos e funções. “O número de funcionários que sairão no plano de aposentadoria não está batendo com os cortes apresentados e os processos são distintos, uma vez que os cortes já estão dados. Mais uma vez, insistimos para que o banco garanta a remuneração das pessoas afetadas.", reforça Zanon.

A participação dos funcionários nas atividades de paralisação do último dia 29 e o Dia de Preto – Black Friday do BB no dia 25 mostrou que é grande a indignação dos funcionários.

Continuação da mobilização em todo o país

Diante das negativas e falta de resposta do BB para as reivindicações de proteção dos funcionários apresentadas, a Contraf-CUT orienta mais um Dia Nacional de Luta em todo o país para o próximo dia 7 de dezembro.

Nova reunião agendada

Nova reunião foi agenda entre a Comissão de Empresa da Contraf-CUT e o Banco do Brasil para o dia 8 de dezembro.

Também foi agendada reunião sobre o modelo digital dentro da reestruturação para o próximo dia 14 de dezembro.

 

Fonte: Contraf-CUT e Seeb Brasília


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