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20 de Janeiro de 2017 às 05:56

Reflexões acerca do encerramento da GECOI Amazônia


Crédito: SEEB/PA

Por Fábio Gian Braga Pantoja*

Belém PA - O encerramento da Gerência de Controles Internos – GECOI Amazônia reflete uma mudança substancial que vem ocorrendo nos últimos meses no país e que também atingem o Banco do Brasil, bem como outras economias mistas, empresas públicas e diversos outros órgãos. Abrigando 11 funcionários, este órgão regional do BB realiza diversas atividades que dão apoio a rede de agências do banco na região Norte e Maranhão. A ampla e perversa reestruturação anunciada pela empresa no final do ano passado decidiu, entre muitas outras medidas, pelo fechamento dessa unidade sem se preocupar com os funcionários lotados nessa dependência, muito menos com a natureza dos seus próprios serviços.

A conclusão que chego vem após resposta a um ofício enviado pelo Sindicato dos Bancários ao presidente do banco no qual o sindicato argumenta a necessidade da manutenção da GECOI na Amazônia, apresentando uma série de informações técnicas, além de requerer que nenhum funcionário perdesse suas funções o que lhes acarretaria redução salarial. Clique aqui e leia o ofício enviado ao banco.

A resposta da empresa veio no segundo dia útil de 2017, talvez como lembrança do pós reveillon e de um “Feliz Ano Novo” desejado pela diretoria do banco. Em dois parágrafos, a resposta, além de negar os pedidos do sindicato quanto a não descomissionar os trabalhadores, acredita em um cenário dinâmico e desafiador, justificando aumento de agilidade, competitividade e contribuição para sustentabilidade de seus negóciosClique aqui e leia a resposta do banco ao sindicato para que não reste dúvida acerca do que se está tratando.

Será que o cenário desafiador é ter um banco, do tamanho do BB, sem uma GECOI, em uma região como a Amazônia? Ou o desafio prevê que cada agência seja uma GECOI em potencial? Será que agilidade e competitividade é o popular “fazer mais com menos”?

Em qualquer um desses cenários, ou qualquer outro que viermos a especular, todos perdemos: sejam os funcionários da extinta GECOI pela redução salarial; sejam as agências que deixarão de contar com a estrutura de apoio dessa unidade; seja o próprio Banco, que se reestrutura atropelando sonhos e projetos de vida de milhares de funcionários espalhados por todo o Brasil que podem perder suas funções a partir dos próximos meses, pouco importando para o banco o quanto se investiu nesses projetos, contrariando qualquer conceito profundo e abrangente de sustentabilidade.

 

*Funcionário do Banco do Brasil, diretor regional da ANABB no Pará e diretor suplente do Sindicato dos Bancários do Pará.


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