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17 de Outubro de 2017 às 11:50

Presidente da Contraf-CUT debate conjuntura trabalhista e sindical com dirigentes do SEEB-CG


O presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, esteve na sede do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região para um debate com os dirigentes sindicais nesta segunda-feira (16). O encontro foi conduzido pelo presidente do sindicato, Edvaldo Barros, que destacou o papel dos sindicalistas neste contexto de mudanças políticas e trabalhistas.

 

“Trouxemos o presidente da Confederação Nacional justamente para fazer esse debate político e também de direcionamento do sindicato, que tem feito várias ações em prol da categoria bancária e dos trabalhadores. É um encontro importante que traz subsídios políticos de atuação sindical e informações para que os dirigentes possam promover o debate junto à base, dentro das unidades bancárias.”, avaliou Edvaldo Barros.

 

 

 

Roberto von der Osten falou sobre a conjuntura política, articulação sindical, formação e atuação dos dirigentes que passaram a ser ainda mais importantes diante da reforma trabalhista. “Tudo que nós percebemos é que estamos sob forte ataque. Os nossos direitos, nossos empregos, o futuro nosso e das nossas famílias estão em risco, por isso é fundamental a organização, a unidade de ação, e essa grande de troca de informações que a gente fez aqui hoje”.

 

A nova lei trabalhista, que entra em vigor em novembro, alterou 117 artigos e 200 dispositivos da CLT. “Aprovaram a reforma trabalhista com o falso discurso de modernização, sendo que 75% da lei foi alterada desde sua criação em 1943. E ainda com o falso discurso da geração de empregos. Um levantamento da OIT (Organização Internacional do Trabalho) em 110 países, realizado de 2008 a 2014, analisou mais de 400 mudanças de dispositivos trabalhistas e acompanhou os números da macroeconomia. Nenhuma estatística deste estudo aponta geração de emprego”.

 

O presidente da Contraf-CUT citou ainda o exemplo do México, onde as mudanças que permitiram as terceirizações provocaram a redução de salários. “Quem recebia de 2 a 5 salários mínimos, caiu para 1 a 2 salários. Ou seja, aniquilou a remuneração”.

 

As formas de atuação sindical serão debatidas ainda na Conferência da Corrente Interna da Contraf-CUT “Articulação Sindical”, que será realizada nos dias 9 e 10 de novembro com os sindicatos da região Centro-Oeste.

 

Bancários

Durante o debate, Von der Osten destacou a profunda transformação do setor bancário nos últimos anos, com o uso da tecnologia e a digitalização que tomaram conta do sistema financeiro. Em 2016, houve redução de mais de 20 mil postos de trabalho nos bancos. Este ano, segundo o presidente da Contraf-CUT, esta estatística já foi ultrapassada, e esse quadro deve se agravar com as privatizações dos bancos públicos.

 

“Existe uma grande possibilidade de o governo abrir o capital da Caixa e do Banco do Brasil. Aqui o sindicato dos bancários já realizou audiência pública sobre o assunto e isso é importante. Esse debate precisa ser feito”.

 

A audiência pública “Em Defesa dos Bancos Públicos” foi realizada no dia 20 de junho, na Assembleia Legislativa, com a presença do presidente da Contraf-CUT Roberto von der Osten e ainda do presidente da Fetec-CUT/CN, Cleiton dos Santos.

 

 

Por: Adriana Queiroz/Assessoria de Comunicação do SEEBCG


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