Notícias

home » notícias

16 de Outubro de 2018 às 07:35

Pela Democracia: Escolho quem defende os bancos públicos


Entre os bancários e bancárias de bancos públicos há vários professores, educadores físicos, economistas, contadores, administradores, dentre outras profissões por formação, mas o motivo da escolha pelo concurso público é quase unânime: segurança.

Segurança de não ser infundadamente demitido, o que não acontece nas empresas privadas, em que o empregado pode ser demitido com ou sem justa causa, apenas por vontade de seu empregador.

Mas se a democracia em que vivemos nos dias de hoje, totalmente ameaçada por uma candidatura autoritária, o sonho já realizado desses trabalhadores e trabalhadoras, pode virar pesadelo.

Isso porque uma das propostas consiste em privatizações para reduzir em 20% o volume da dívida mobiliária federal. “Algumas estatais serão extintas, outras privatizadas.” (pág. 56).

“Foi um verdadeiro calvário conseguir a minha posse no Banpará, mas essa peleja começou quando decidi fazer concurso, anos de preparação, anos de abdicação. Quando finalmente consigo minha aprovação e achava que meu sonho estava sendo realizado, mais uma batalha começaria, pela minha convocação, e nessa etapa o Sindicato foi uma luz divina em nossas vidas. Quando nós procuramos a entidade tivemos todo apoio necessário, tanto na parte jurídica como na parte política. Eram muitos sonhos em questão, foram três anos de muita luta por um direito que é nosso, e pela minha família não posso permitir que um projeto desses se torne real e destrua com tudo aquilo que desejei, construí e conquistei”, afirma Jaqueline Monteiro, integrante da comissão de concursados de 2014 do Banco do Estado do Pará (Banpará).

Ela e mais 63, hoje bancários e bancárias do Banpará, procuraram o Sindicato no ano passado em busca de auxílio sobre irregularidades na convocação. Na sentença (processo 0001591-55.2016.5.08.0012), proferida no dia 18 de maio de 2017, a juíza da 12ª Vara do Trabalho de Belém condenou o Banpará, em tutela antecipada, a observar a prioridade de convocação dos candidatos aprovados no concurso de 2014, devendo chamar “igual quantidade dos candidatos que foram convocados e nomeados indevidamente (concursados de 2015), desde a primeira até a última nomeação irregular, dentro do prazo de validade do concurso”, diz o documento. Os candidatos que já foram convocados no certame 2014 e 2015, não foram prejudicados.

Num dos projetos em disputa não há referências há quais estatais serão extintas ou privatizadas, mas durante entrevista exclusiva a uma emissora de TV, ele ratificou que vai privatizar mais de 10 estatais, mas citou as exceções: setor elétrico, BNDES, BB, Caixa e miolo da Petrobrás.

A visão totalmente privatista do economista e banqueiro Paulo Guedes, que elabora as propostas econômicas desse candidato, aponta claramente que os poucos bancos estaduais existentes estão sob risco real. Os bancários e bancárias serão os primeiros atingidos.

Além disso, o candidato a vice-presidência na chapa, defendeu acabar com a estabilidade (segurança) no serviço público. Em discurso na Associação Rural de Bagé (RS), ele disse que é preciso aproximar a administração pública da gestão privada.

“Por que uma pessoa faz um concurso e no dia seguinte está estável no emprego? Ela não precisa mais se preocupar. Não é assim que as coisas se comportam. Tem que haver uma mudança e aproximar o serviço público para o que é a atividade privada”, afirmou o vice, segundo reportagem do jornal Zero Hora.

“Sem contar no agravante que já temos em curso uma ‘reforma’ trabalhista que dentre os vários prejuízos, acabou com a incorporação de função, e a mais recente aprovação da terceirização irrestrita, inclusive nas áreas fins, onde os bancos públicos podem contratar terceiros no lugar dos bancários concursados. Ou seja, se já está ruim, tudo pode ficar ainda pior. Mas temos o poder de escolher, temos dois projetos, um a favor da classe trabalhadora e outro contra”, destaca o presidente do Sindicato e bancário do BB, Gilmar Santos.

Do lado dos bancários e bancárias, existe um projeto que pretende interromper as privatizações e a venda do patrimônio público. (p. 5) Além disso, pretende “revitalizar os bancos públicos, especialmente BNDES, BB, CEF e bancos regionais, e os mecanismos de financiamento ao desenvolvimento nacional. O Brasil precisa superar a estrutura oligopolista que controla o sistema financeiro e bancário privado. Tudo isso para a retomada da bancarização, ampliação dos serviços bancários e difusão do crédito aos pequenos negócios e à população de baixa renda”.

“É um projeto que amplia os benefícios para além da categoria bancária, pensando na sociedade como um todo. Que nem sequer cogita privatização, mas o fortalecimento dos bancos públicos, uma campanha que fazemos há anos, porque a maioria das famílias que tem um bancário ou bancária, o trabalho dele é a principal fonte de renda, construção de planos e realização de sonhos”, afirma a vice-presidenta do Sindicato e bancária da Caixa, Tatiana Oliveira.

 

Fonte: Bancários PA com informações das propostas de governo e Rede Brasil Atual


Notícias Relacionadas