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12 de Agosto de 2019 às 08:32

Pará presente na luta contra reestruturação no Banco do Brasil


Crédito: SEEB/PA

Belém PA - No dia 29 do mês passado, o Banco do Brasil anunciou mais uma reestruturação na empresa, dessa vez com um Plano de Adequação de Quadros (PAQ), com previsão de extinção de funções, redução de postos de trabalho, fechamento de agências e departamentos. O banco também prepara um novo plano de desligamento incentivado. Por esse motivo, o Sindicato dos Bancários do Pará foi às ruas na manhã dessa sexta-feira (9), Dia Nacional de Luta para protestar contra a reestruturação e em defesa do Banco do Brasil como banco público.

“Aos poucos o BB vem perdendo sua função social com cada reestruturação em seu quadro e agências, muitos municípios do interior do Pará contam apenas com agências de bancos públicos, e esse novo modelo digital não atende toda a população, em especial a de baixa renda, que sequer tem acesso à internet; sem falar da desumanização e a precarização no atendimento bancário, bem como nas perdas de postos de trabalho”, destaca o presidente do Sindicato e bancário do BB, Gilmar Santos.

Levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base em dados do Banco Central, aponta que, atualmente, dos 5.590 municípios brasileiros, 3.365 (60,2%) contam com uma ou mais agência bancária.

Do total de municípios, 950 (17%) são atendidos somente por bancos públicos. Os dados mostram, ainda que, com o fechamento de agências de bancos públicos, 57% das cidades brasileiras podem ficar sem agências bancárias e, neste caso, suas populações terão que se deslocar para outros municípios para ter acesso aos serviços por elas prestados.

Revisão de postos de trabalho

Segundo informações do banco, o número de postos de trabalho será aumentado em 1.505 agências, mas reduzido em 1.765 unidades. Sem detalhar as mudanças, o BB informou que a Plataforma de Suporte Operacional (PSO) sofrerá redimensionamento, o que já está afetando a rede de caixas. O movimento sindical cobra esclarecimentos.

“O Banco do Brasil segue tomando decisões de forma unilateral, sem dialogar com os representantes da categoria bancária, pegando a todos e todas de surpresa. Queremos explicações e transparência em todo o processo que respeite os direitos dos bancários e bancárias e não piore ainda mais as condições de trabalho e de atendimento nas agências”, cobra o dirigente sindical e também bancário do banco, Fábio Gian.

As Gerências Regionais de Apoio ao Comércio Exterior (Gecex) também passarão por alterações, com a criação de unidades de negócios especializados, escritórios de comércio exterior digital e redimensionamento. Isso fará com que sejam abertas vagas de assistentes, mas a rede perderá uma série de funcionários, principalmente escriturários.

Plano de Desligamento Voluntário

Além do fechamento de agências e movimentação de pessoal, o banco prepara um novo Plano de Desligamento Voluntário (PDV), com adesão voluntária e de caráter pessoal.

Serão extintos 2,3 mil dotações, em comissão ou não. Algumas dessas vagas já estavam em excesso no quadro do banco (portanto, bloqueadas) e irão desaparecer. Para as demais, não foram dadas informações.

“Ao invés de contratar mais bancários e bancárias, que é isso que o BB precisa, o banco estimula a demissão. Ressaltamos que o pedido deve ser de forma voluntária e caso algum colega seja pressionado a tomar essa decisão, que comunique o Sindicato imediatamente para tomarmos as medidas cabíveis”, orienta a diretora do Sindicato, da Contraf-CUT e bancária do BB, Rosalina Amorim.

Fonte: Bancários PA com informações da Contraf-CUT


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