Brasília - O Santander obteve lucro líquido gerencial de R$ 3,466 bilhões no primeiro semestre de 2016, crescimento de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado e de 8,8% em relação ao trimestre anterior. O lucro obtido no Brasil representou 19% do lucro global da instituição, que foi de € 2,911 bilhões. A carteira de clientes cresceu 1,6 milhão em um ano.

Contudo, mesmo com este bom resultado, o banco espanhol prossegue com a política de demissões imotivadas, com o corte de 1.368 postos de trabalho, sendo 1.265 neste mesmo período. Em Brasília, o Sindicato fez 38 homologações até o dia 23 de agosto.

Esses desligamentos vêm crescendo diariamente, o que não se justifica, visto que o Santander, somente com receita de tarifas, arrecadou 152,3% da folha de pagamento no primeiro trimestre deste ano. Ou seja, com o que ganha cobrando tarifas e juros dos clientes, dá para o Santander pagar os funcionários uma vez e meia e ainda sobra dinheiro. 

Para a diretora do Sindicato Rosane Alaby, as demissões imotivadas do primeiro semestre, que superaram os números do mesmo período do ano passado, é uma clara demonstração da postura intransigente e desrespeitosa do Santander, uma vez que balanço do Dieese mostra que o banco tem plenas condições de atender às reivindicações dos trabalhadores na Campanha Nacional 2016.

“Mas vamos continuar firmes na luta”, afirma a dirigente sindical, ressaltando que uma das principais reivindicações dos bancários é a defesa do emprego. 

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília