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17 de Junho de 2019 às 15:15

Manifestantes acreanos fecham a BR-364, bancos e setores da educação

O dia de paralisação e protesto começou ainda durante a madrugada com o fechamento da BR-364. Um grupo de sindicalistas e estudantes impediu a movimentação de veículos até às 7h


Crédito: Divulgação

Por Manoel Façanha - CUT/AC

Rio Branco AC - A Greve Geral convocada e organizada pela CUT e demais centrais sindicais - CTB, Força Sindical, CGTB, CSB, UGT, Nova Central, CSP- Conlutas e Intersindical, ocorrida no país, nessa sexta-feira (14), ganhou a adesão de trabalhadores de diversas áreas no Acre, entre elas educadores, bancários, eletricitários e carteiros, além dos estudantes e docentes das universidades federais e estaduais.

O dia de paralisação e protesto começou ainda durante a madrugada com o fechamento da BR-364. Um grupo de sindicalistas e estudantes impediu a movimentação de veículos de transportes e cargas até às 7h da manhã.

No centro de Rio Branco, bancários realizaram um piquete na porta da principal agência do Bradesco, assim com o expediente bancário suspenso naquela unidade. A paralisação se estendeu às unidades da Caixa, onde o atendimento ao público foi retomado somente às 10h da manhã.

Um ato público iniciado na Praça da Revolução, no centro de Rio Branco, com a presença de sindicalistas, estudantes e educadores, percorreu trechos das avenidas Getúlio Vargas e Brasil e encerrou-se no gabinete do governador Gladson Cameli, onde os manifestantes pediram a abertura das negociações entre governo e sindicatos ligados a área da educação para discutir a data-base da categoria.

Aos gritos de “Fora Bolsonaro”, e com cartazes coloridos em mãos cheios de frases criticando a política do Governo Federal, onde destacavam se dizeres como: “O momento é grave. A luta é agora” e “O mundo já sabe. A Lava Jato é uma quadrilha!”. #Moro traidor da pátria!”, os manifestantes encerraram o ato público próximo ao meio-dia.

Também foi possível observar entre os adereços usados pelos manifestantes dezenas de carteiras de trabalho, cujo o objetivo era mostrar à sociedade que nos últimos anos o trabalhador tem enfrentado uma onda de perdas de direitos, isso principalmente após a aprovação da Reforma Trabalhista no Congresso Nacional.

O dia de paralisação e protesto foi encerrado na noite de sexta-feira (14) com um ato cultural no Cine Recreio, associado a um show na Gameleira.

Sindicalistas analisam as paralisações

Rosana Nascimento, presidente da Central Única dos Trabalhadores no Acre (CUT-AC), explicou que o ato tinha como objetivo mobilizar a sociedade organizada contra a reforma da Previdência e o corte de verbas na educação.

“Queremos unificar as categorias, fazer uma caminhada para mostrar que é necessário fazer a resistência e defesa dos direitos da classe trabalhadora e nossa luta é manter nossa aposentadoria e manter os recursos da educação pública deste país. Se não sairmos das salas de aula, vamos perder a aposentadoria especial”, disse a sindicalista.

Rosana comentou ainda que houve pressão por parte do poder público estadual no sentido de esvaziar o ato desta sexta-feira

Rosana comentou ainda que houve pressão por parte do poder público estadual no sentido de esvaziar o ato desta sexta-feira

Rosana comentou ainda que houve pressão por parte do poder público estadual no sentido de esvaziar o ato desta sexta-feira.“Quase 100% das escolas ficaram com medo de parar nesta sexta-feira (14), para não ter que pagar o dia letivo. O que é uma grande perda. As pessoas não têm que ter medo de pagar um dia letivo, têm que ter medo é de perder a aposentadoria integral e a escola pública.

 

O presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Eudo Rafael, explicou que a paralisação do setor bancário conseguiu o objetivo de chamar a atenção da sociedade a respeito da reforma da Previdência. O sindicalista explicou ainda que a única unidade que paralisou as atividades durante toda manhã, isso justificada, segundo ele, por causa de casos de assédio moral, foi a agência principal do Bradesco.

Parlamentar participa do ato

A Reforma da Previdência tira dinheiro da previdência pública e isso não podemos aceitar, diz Perpétua.

A Reforma da Previdência tira dinheiro da previdência pública e isso não podemos aceitar, diz Perpétua.

Com voto declarado contra a reforma da Previdência do presidente Jair Bolsonaro (PSL), a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) participou do ato. Em discurso, a parlamentar garantiu voto contrário à reforma, assim como outros projetos que venham a tirar os direitos trabalhistas da classe operária. “Estamos dizendo aqui nenhum direito a menos. Bolsonaro quer privatizar tudo. O desejo agora é privatizar a água, para que a gente pague tão caro como pagamos a energia. A Reforma da Previdência tira dinheiro da previdência pública e isso não podemos aceitar”, destacou Perpétua.

 


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