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9 de Agosto de 2018 às 07:56

Longas discussões, sem avanços: Negociações com o BRB seguem travadas


Crédito: SEEB/BSB

Brasília - Longas discussões, mas sem avanços. Essa foi a tônica da quinta rodada de negociações com o BRB, ocorrida nesta quarta-feira (8). Mais uma vez, o discurso do banco foi o de rejeitar as reivindicações da pauta específica dos empregados, ou argumentar que algumas delas são inaceitáveis (por se tratarem de prerrogativa da gestão), ou, ainda, de que já está encaminhando ações no sentido de, um dia, atender ao pleito. Ou seja, nada de objetivo foi apresentado.

Segue abaixo o resumo das cláusulas discutidas nesta quinta rodada:

  • possibilidade de conversão de abono assiduidade em pecúnia – banco nega;
  • acréscimo de cinco dias de férias aos empregados a partir de 15 anos de casa – banco nega e afirma que mantém o que há hoje, de concessão de mais cinco dias a quem tem a partir de 20 anos;
  • redução para 6 horas diárias da jornada das carreiras técnicas de saúde e segurança do trabalho, enfermeiros e advogados – banco nega;
  • estabelecimento de uma trilha de formação clara para os processos seletivos internos – banco afirma que está buscando este aperfeiçoamento e que ele será bastante claro quando do término da implantação da gestão por competência, o que se dará até o início do ano de 2019. O Sindicato reiterou a necessidade de manutenção de parâmetros semelhantes para seleções internas semelhantes;
  • redução do peso da entrevista nos processos seletivos internos, limitando esta a 20% do peso final da seleção – banco nega e afirma que mantém processo como está;
  • evolução de padrões no PCCR em função da apresentação de certificações – banco afirma que está estudando o assunto, porém diz que só poderá implementar quando da rediscussão do plano de carreira, o que, provavelmente, só deverá ocorrer em 2019. Afirma ainda que não aceita pactuar em acordo;
  • envolvimento de todos os funcionários na definição das metas – banco nega e afirma ser impossível proceder desta forma, porém afirma que já há o envolvimento de todos os gestores na definição, e que o acompanhamento de sua realização pode ser feito por todos e é quase em tempo real;
  • instalação de uma negociação específica para discutir as pendências referentes a 7ª e 8ª horas dos empregados que têm este direito – banco nega e afirma que a questão está superada em função da extinção do direito;
  • realização de concurso – banco afirma que realizará concurso para as carreiras do SESMT (segurança e medicina do trabalho) e para analistas de TI, sendo que para esta carreira está levantando a demanda necessária. Quanto a escriturários, o banco diz que ainda está em estudo a possibilidade de realização;
  • formação de comissão para discutir uma política de substituição – banco nega afirmando se tratar de prerrogativa da gestão;
  • plano de renegociação permanente para os endividados do BRB – banco nega a exclusividade, argumentando que o GDF cobra isonomia, de forma que o que for aplicado para o GDF será aplicado para os empregados do banco, porém não aceita colocar em acordo coletivo;
  • cláusulas econômicas – o banco afirma que seguirá o que for pactuado com a Fenaban no tocante às cláusulas econômicas, sem nem um centavo a mais.

“Como se vê, em mais uma rodada, repete-se o mesmo comportamento. Difícil de acreditar que o banco queira um acordo que contemple minimamente as reivindicações dos seus empregados. Assim como a Fenaban, o que se vislumbra no BRB são tempos duríssimos para conquistarmos um bom acordo, o que indica a necessidade de envolvimento de todos para assegurar avanços”, avalia o diretor do Sindicato Daniel de Oliveira.

PLR

Na negociação, o banco respondeu à reivindicação extra-pauta referente à PLR para os analistas de TI que ocupam função de analistas, afirmando concordar com o pleito, e que o pagamento a ser efetuado em função do resultado do primeiro semestre já será corrigido. Quanto à situação semelhante que ocorre com advogados, o banco ficou de avaliar.

Nova rodada de negociação ficou agendada para o dia 17 de agosto, ocasião em que o banco apresentará proposta para jornada de trabalho, férias e incorporação de AG/FG.

“Esperamos melhores respostas na próxima rodada. Porém, alertamos para a necessidade de intensa mobilização em busca de um acordo que contemple as reivindicações dos empregados”, alerta a diretora da Fetec-CUT/CN Samantha Sousa.

Também participaram da negociação os diretores do Sindicato Eustáquio Ribeiro, Rachel Lima e Ronaldo Lustosa, além da diretora da Fetec-CUT/CN Cida Sousa, todos empregados do BRB.

Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação


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