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14 de Novembro de 2018 às 08:34

Jornada de debate alerta o trabalhador sobre a implantação da Reforma Trabalhista


Crédito: SEEB/PA

Belém PA - Aprovada pelo Senado e sancionada pelo governo golpista de Michel Temer, em Julho do ano passado, a Reforma Trabalhista prevê mudança na jornada de trabalho, dentre elas a ampliação da jornada de trabalho para 12 horas diárias no exercício da função, além de férias fracionadas em até três períodos e, também, trabalho intermitente, quando o trabalhador será pago por período trabalhado, recebendo pelas horas ou diárias, tendo direito a férias e 13º salário proporcionais. Clique aqui e confira o que mudou!

Diante desse cenário, o Dieese em parceira com as centrais sindicais promoveu no dia 8 de novembro a 15ª Jornada Nacional de Debates, com o tema “Os impactos da reforma trabalhista após 1 ano de implementação e perspectivas para a economia em 2019”. O evento ocorreu na sede do Sindicato dos Bancários do Pará, em Belém. A palestra ficou por conta do sociólogo e diretor técnico nacional do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, que abordou temas como terceirização, teletrabalho, flexibilização e negociação.

“Para entender os impactos da Reforma Trabalhista é necessário fazer alguns esclarecimentos. A primeira é a da conjuntura, ou seja, a derrota dos movimentos e lutas sociais quando você dá o poder aos militares, pois a Constituição fica frágil. Em segundo lugar é hora de entender o porquê perdeu, e isto se deve pelo fato de a organização econômica do mundo estar em profunda mudança. Vários países adotaram essa Reforma, ela veio para viabilizar condições da empresa demitir o funcionário sem o sindicato fiscalizar”, destacou.

O evento contou com a participação de militantes de movimentos sociais e trabalhadores de diversas categorias. “Para a gente, o golpe se intensificou em 2013 e esse é mais um reflexo na vida da classe trabalhadora, esse resultado dessa eleição vai precisar da disposição de muitos trabalhadores e trabalhadoras. Precisamos nos inspirar para alcançar nossos objetivos e não desistir fácil por isso, ninguém solta a mão de ninguém”, disse a presidenta da CUT Pará, Euci Ana Gonçalves.

O presidente da CTB Pará, Cleber Rezende, também falou sobre a mudança. “É um momento importante para compreender o cenário político. Atualmente existe a dualidade entre fascismo versus democracia, acredito que é a hora de sermos unidade para enfrentarmos esses obstáculos que vêm por aí por isso, esperamos muita resistência”, concluiu.

O presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Gilmar Santos, avaliou como positiva a atividade e reforçou o chamado à categoria bancária e à classe trabalhadora para a resistência em defesa dos direitos trabalhistas.

“Considero termos alcançado o objetivo do debate, nosso papel enquanto entidade é informar e promover reflexão da classe trabalhadora sobre as ameaças, os cortes de direitos e consequentemente a precarização do trabalho. A promoção desses espaços de formação, de reflexão, é fundamental para a construção das lutas e da resistência em defesa dos nossos direitos e avançarmos em novas conquistas”, ressaltou Gilmar Santos.

 

Fonte: Bancários PA


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