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6 de Novembro de 2019 às 07:45

Itaú divulga superlucro à custa de demissões e fechamento de agências


Crédito: Reprodução

Brasília - O Programa de Demissões Voluntárias (PADV) lançado pelo Itaú Unibanco no segundo semestre deste ano resultou ao final de setembro no corte de 3,5 mil funcionários. O número de bancário foi reduzido a 83.536, no país.

O banco fechou ao longo dos últimos doze meses 201 agências físicas e anuncia agora que o número de unidades extintas chegará a 400 até o final de 2019, para uma economia de cerca de R$ 300 milhões por ano.

Em Brasília, já foram fechadas quatro agências: QI 5 Lago Sul Personnalité; Águas Claras Personnalité; Setor Hospitalar; e 504 W3 Norte. O Sindicato obteve informação de que, em dezembro, será fechada uma agência na W3 Sul, da Quadra 506.

Em contraste com o drama do desemprego imposto aos bancários e com a falta de interesse em melhor atender à população, o lucro líquido anunciado pelo Itaú para o terceiro trimestre foi de R$ 7,1 bilhões, um crescimento de quase 11% em relação ao mesmo período do ano passado.

Nos nove primeiros meses de 2019, o Itaú lucrou R$ 21,067 bilhões, um crescimento de 9,4% em relação ao mesmo período de 2018.

As operações com pessoas físicas (PF) cresceram 15% em relação a setembro de 2018, chegando a R$ 229 bilhões, com destaque para cartão de crédito (+21,4%), crédito pessoal (+19,8%) e veículos (+18%). As operações com pessoas jurídicas (PJ) no país somaram R$ 188,1 bilhões, com alta de 9,9% em doze meses.

“Esse superlucro do Itaú é resultado do corte de postos de trabalho, que jogou milhares de bancários no desemprego, e da superexploração do trabalho de todos. E as demissões e o fechamento de agências trarão ainda mais sacrifícios, pois a carga de trabalho só tende a aumentar”, destaca Washington Henrique, diretor da Fetec-CUT/CN e membro da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

Segundo Washington, a COE e os sindicatos de todo o país vão exigir do banco a contratação de novos funcionários, condições de trabalho e de saúde, respeito à jornada de trabalho e melhorias nos programas e nos benefícios existentes no banco. “Em breve, estaremos reunidos com a Contraf-CUT para definir os desdobramentos da nossa luta”, informou.

Evando Peixoto
Colaboração para o Seeb Brasília


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