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15 de Julho de 2019 às 16:25

GT de Saúde do Itaú: Sindicatos conquistam agilidade no processo de envio da DUT e cobra demais soluções


Crédito: SEEB/BSB
Louraci Morais, dirigente sindical e funcionária do Itaú, participa do grupo de trabalho de saúde representando os bancários

Brasília - O Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú se reuniu na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo, nesta sexta-feira (12), para debater o afastamento dos trabalhadores e o endividamento dos afastados.

Depois de várias negociações em que o movimento sindical reivindicou um canal alternativo de comunicação de afastamento do bancário, o banco estuda a possibilidade de que o próprio trabalhador mande a documentação do seu afastamento pelo aplicativo IUconecta.

O movimento sindical abriu este debate porque, antigamente, o gestor precisava encaminhar a papelada do processo para o setor responsável, o que não deveria ser sua função, já que não é preparado para isso e, em muitos casos, causava problemas. Consequentemente, acontecia atraso na marcação das perícias, o que levava o trabalhador a ficar endividado. Em algumas localidades, este problema persiste.

Parcelamento da antecipação

Outra reivindicação antiga dos representantes dos trabalhadores é o parcelamento da antecipação prevista na cláusula 29. De acordo com o Itaú, entre abril de 2018 e abril de 2019, o número de trabalhadores afastados endividados é de 51 casos, num universo de cerca de 1980 licenciados.

A reivindicação dos trabalhadores continua a mesma. Mesmo sendo poucos casos, o banco deve fazer o parcelamento da dívida no retorno dos trabalhadores. Os representantes do Itaú ficaram de analisar a possibilidade e retornarão no próximo encontro.

“O parcelamento da Antecipação da Cláusula 29 representa uma isonomia na questão das pessoas que adoeceram no trabalho. Nossa reivindicação é essas pessoas ao retornarem ao trabalho, além de ter condições de trabalho melhores, possam ao menos não se preocupar com se vão ter o dinheiro para pagar essas despesas”, afirmou Adma Gomes, coordenadora do GT de Saúde.

Cláusula 45

De acordo com a cláusula 45, o trabalhador tem sete dias para dar entrada na agência que escolher do INSS. Depois deste período, o banco é responsável pelo encaminhamento do afastamento. Porém, de acordo com denúncias, o banco não tem respeitado este prazo, seja antecipando o encaminhamento ou não fazendo, mesmo depois de 60 dias.

A cobrança dos trabalhadores é que o banco siga a cláusula. O Itaú se comprometeu a investigar e vai tentar corrigir essas distorções.

DUT

Outra denúncia dos trabalhadores é quanto a declaração do último dia trabalhado (DUT), que tem sido enviada com atraso. O banco garantiu que passou a encaminhar a DUT para o e-mail do gestor, com cópia para o bancário, com as explicações de todo o procedimento. 

“Houve um grande avanço tanto na questão do DUT, quanto no parcelamento da dívida, nesse momento tão delicado,que os bancários voltam ao trabalho. Continuamos na luta na busca de mais conquista e vitórias tanto nas questões de saúde, segurança, emprego e condições de trabalho”, relatou Louraci Morais, representante da Fetec CN no Grupo de Trabalho de saúde do Itaú.

Da redação com informações da CONTRAF-CUT


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