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25 de Maio de 2016 às 11:40

Fórum cobra compromisso do setor financeiro com a paz na Colômbia

Mario Raia, secretário de Relações Internacionais, representou a Contraf- CUT no encontro em Bogotá


Crédito: Contraf-CUT
Sindicalistas de vários países participaram do encontro em Bogotá

1º Fórum Financeiro pela Paz na Colômbia, entre os dias 19 e 20 de maio, em Bogotá, reuniu ministros do governo colombiano, senadores, deputados, embaixadores, bancos, cooperativas e representantes dos trabalhadores. Organizado pela União Nacional dos Bancários (UNEB); União Global Union (UNI); Confederação de Trabalhadores da Colômbia (CUT);  e Federação Nacional dos Sindicatos Bancários colombiano (FENASIBANCOL), os trabalhadores reivindicaram a construção de uma mesa permanente com banqueiros sobre as políticas do setor e sua contribuição no processo de paz, e no período pós-acordo.

Também participaram, por vídeo, representante das FARC (Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia) e do ELN (Exército de Libertação Nacional). Cuba está intermediando as negociações de paz na Colômbia e um passo importante foi dado em Havana, no dia 12 de maio, quando o governo colombiano e as Farc anunciaram mecanismos para conferir segurança e estabilidade jurídica ao futuro acordo de paz, e garantir seu cumprimento conforme o direito nacional e internacional.

“O setor financeiro também precisa ajudar a canalizar os recursos da paz da comunidade  internacional, como  o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e da USAID. Estes fundos são para mudar a situação política e democrática que o país requer, portanto, é importante a participação de todos”, afirmou Sofía Espinosa, presidenta da UNEB.

A Contraf-CUT foi representada no Fórum pelo secretário de Relações Internacionais da Confederação, Mario Raia. O secretário afirmou que a paz deve ser um compromisso de todos, e que os sindicalistas brasileiros continuarão defendendo a democracia, não só no Brasil, mas em todo o mundo. 

“A luta tem de ser feita todos os dias, todos nós sindicalistas sabemos disso, mas é uma luta sem armas. Uma disputa ideológica, uma disputa de ideias. Nas palavras do presidente da CUT (Brasil) sem paz não há democracia, não há Justiça social, não há desenvolvimento, não há respeito ao trabalho, às organizações sindicais e aos direitos humanos. Mas o processo de paz não se encerra com a assinatura de um documento. É preciso a responsabilidade de todos, e o setor financeiro precisa ter compromisso com a Colômbia, com a sociedade e os trabalhadores”, disse Mario Raia.

Confira aqui o vídeo do discurso do secretário da Contraf-CUT, registrado pelo Fórum

Pilares do processo de paz

Em quase todas as falas, os participantes destacaram os três pilares da construção do processo de paz na Colômbia: Paz, Desenvolvimento e Respeito aos Direitos Humanos. Um dos principais objetivos daqui para a frente é envolver cada vez mais trabalhadores nesta discussão. Na colômbia já foram assassinados mais de 2800 sindicalistas.

Em vídeo, o ELN (Exército de Libertação Nacional) citou a famosa frase do escritor alemão, Bertolt Brecht, sobre os bancos: É mais pecado fundar um banco, do que roubá-lo.  “E os bancos vão fazer o quê? Parar de pecar?”, indagou o ELN, no vídeo enviado ao encontro, sobre a necessidade de mudança da postura do setor financeiro.

Outra proposta 1º Fórum Financeiro pela Paz na Colômbia é a formação de uma Assembleia Nacional Constituinte para a Paz.

 

Fonte: Contraf-CUT


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