Notícias

home » notícias

15 de Junho de 2018 às 08:25

Empregados vão vestir branco nesta quarta 20 em defesa do Saúde Caixa

Iniciativa simboliza união em defesa dos direitos dos bancários e contra decisão do governo e da empresa de reduzir participação no custeio de despesas do plano de saúde dos 70% atuais para, no máximo, 6,5%


Os empregados da Caixa vestirão branco nesta quarta-feira 20 para mostrar a união da categoria na defesa do plano de saúde e protestar contra a alteração no modelo de custeio do Saúde Caixa. A iniciativa faz parte da campanha Saúde Caixa: eu defendo, lançada pela Fenae, Contraf-CUT, Fenacef, Fenag, Advocef, Aneac, Social Caixa e Anacef. No dia, serão realizadas diversas mobilizações nas Gipes e Repes, e em todas as demais unidades da Caixa.

A iniciativa é uma reação dos trabalhadores às novas medidas propostas pelo governo para redução de despesas com os planos de saúde dos empregados das empresas estatais, encarecendo o Saúde Caixa e tornando-o excludente.

Desde 2004, a empresa patrocinadora paga 70% das despesas assistenciais e os usuários os outros 30%. As resoluções governamentais e a recente alteração no Estatuto da Caixa propõem um limite correspondente a 6,5% da folha de pagamento para a participação da Caixa nas despesas com assistência à saúde dos empregados, à revelia do que prevê o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). As novas regras também permitem prazos de carência, limitam a adesão de dependentes, excluem os aposentados, entre outros retrocessos.

 “As alterações são nefastas para todos os usuários do plano. O Saúde Caixa ficará mais caro e poderá ficar inacessível, em especial, aos aposentados. É inadmissível a alteração de um modelo que vem se mostrando plenamente sustentável”, afirmou Fabiana Uehara Proschodlt, secretária de Cultura da Contraf-CUT e representante da entidade na Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).

A atividade faz parte da intensificação da campanha “Saúde Caixa: eu defendo”, definida pelas entidades representativas do pessoal da Caixa durante o mês de junho. A intensificação vai até a primeira semana de julho, quando o Saúde Caixa completa 14 anos.

Todos por tudo

O Saúde Caixa acumulou superávit que chegava a R$ 670 milhões em 2016. Dados mais recentes permanecem restritos à gestão do banco, que não deu ainda a devida transparência ao relatório atuarial de 2017. “Essa mesma gestão vem sucateando nosso plano de saúde e precarizando a estrutura de atendimento aos usuários. Por isso, ressaltamos a importância do envolvimento de todos os empregados e aposentados em um grande processo de mobilização, que impeça a retirada de uma das mais importantes conquistas dos empregados”, completou Fabiana.

 Seminário e audiência pública

As entidades também planejam realizar um seminário em defesa dos planos de saúde de autogestão das empresas estatais. O evento tem data prevista para 28 de junho e contará com a participação de representantes de usuários da Cassi, Postal Saúde, AMS/Petrobras e PAS/BNDES.

 “O ataque do governo não é apenas contra a Caixa, nem somente contra o plano de saúde dos empregados da Caixa. Outras empresas e seus respectivos planos sofrem o mesmo ataque. Queremos unir não apenas os empregados da Caixa, mas também de outras empresas públicas sob ataque para aumentar ainda mais nossa força”, destacou a dirigente da Contraf-CUT.

Também está programada a realização de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, quando a questão será debatida no Congresso Nacional. A data da audiência ainda será confirmada.

Usuários apoiam PDC 956/18

A Câmara dos Deputados veicula em seu site uma enquete sobre o Projeto de Decreto Legislativo (PDC 956/2018), de autoria da deputada federal Erika Kokay (PT-DF), com o objetivo de sustar a resolução da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR) que trata do custeio das empresas estatais em relação aos benefícios de assistência à saúde aos empregados. A resolução é justamente a que determina as alterações que afetam decisivamente o Saúde Caixa. Para acessar a enquete e apoiar o PDC 956/2018, clique aqui.

 As resoluções publicadas pelo governo e a recente alteração no Estatuto da Caixa propõem um limite correspondente a 6,5% da folha de pagamento para a participação da Caixa nessas despesas, à revelia do modelo de custeio previsto no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que vigora até agosto.

Como a inflação médica aumenta mais rapidamente que os índices de correção dos salários e benefícios previdenciários, e como a Caixa vem reduzindo seu quadro de pessoal, em breve, o novo limite estipulado será atingido e os custos excedentes recairão sobre os usuários.

Fetec-CUT/CN, com Contraf-CUT e Fenae

 


Notícias Relacionadas