Notícias

home » notícias

23 de Junho de 2017 às 17:22

Em reunião no Pará, centrais consideram possível derrotar reforma trabalhista com a greve


A classe trabalhadora brasileira pode conseguir barrar a reforma trabalhista já na próxima semana, quando será votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Porque, ao contrário das duas outras comissões (de Assuntos Econômicos e Assuntos Sociais), a CCJ discute a legalidade da proposta e, caso seja reprovada, não seguirá para a votação no plenário.

Esse foi o recado dado pelo senador Paulo Rocha (PT-PA), na manhã desta sexta-feira, 23/6 durante uma conversa com sindicalistas de diversas centrais, movimentos sociais e Frente Brasil Popular. A iniciativa da roda de conversa com o senador foi articulada pela CUT-PA e realizada na sede da CTB-PA (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras Brasileiros).

Segundo Paulo Rocha, para derrotar a reforma será preciso que os trabalhadores pressionem os 27 senadores titulares e os 27 suplentes da CCJ. No Pará, os dois senadores que fazem parte da comissão são Jader Barbalho (PMDB) e Flexa Ribeiro (PSDB).

Na avaliação de Paulo Rocha, a votação da reforma trabalhista na CCJ deve ocorrer na noite da próxima quarta-feira (28).

A roda de conversa com os sindicalistas foi proveitosa e representativa com a participação das centrais CTB, CUT, Nova Central e Intersindical, além das categorias dos bancários, jornalistas, domésticas, rurais, assalariados rurais, correios, servidores públicos, sindicato do Fisco, construção civil, portuários, movimento de mulheres, representantes da Frente Brasil Popular.Pa, do PT.Belém, deputado estadual Lélio Costa (PC do B.PA) e Defensoria Pública. O presidente da Fetec-CUT/CN, Cleiton dos Santos, também participou da reunião.

O senador fez um apanhado de toda a história sindical brasileira a partir de 1903, com a criação da Central dos Operários do Brasil (COB), cuja principal bandeira foi a redução da jornada de trabalho, que naquela época girava em torno de 12, 14 horas. "De lá pra cá muita gente foi presa, deportada e demitida para que outras conquistas viessem a acontecer e essa reforma derrota toda essa história", observou Paulo Rocha.

Ressaltou que a resistência no Senado, no Congresso e nas ruas precisa ser cada vez maior e apelou para que se intensifique cada vez mais a unidade política do movimento sindical e social no convencimento dos senadores e na greve geral do dia 30 de junho.

Para Paulo Rocha, "a reforma trabalhista é a destruição de mais de um século de lutas e conquistas da classe trabalhadora. É a retirada dos direitos básicos dos trabalhadores. Sem dúvida, a greve é o mais poderoso instrumento de luta da classe trabalhadora. Parar o Brasil no dia 30 é fundamental nessa queda de braço com o capital que quer destruir o povo brasileiro ".


Notícias Relacionadas