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9 de Abril de 2020 às 09:38

Em reunião com governador, Seeb Brasília cobra revogação da abertura de agências e garante criação de comitê de crise


Da esq. para a dir.: Antonio Abdan, diretor do Sindicato; Kleytton Morais, presidente do Sindicato; Ibaneis Rocha, governador do DF; Paulo Henrique Costa, presidente do BRB; Eduardo Araújo, diretor do Sindicato; e Wadson Boaventura, dirigente da Fetec-CUT/

Em reunião com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), na tarde desta quarta-feira (8), o Sindicato cobrou a revogação do decreto baixado pelo chefe do executivo local na noite desta terça-feira (7) que permite a reabertura das agências bancárias. Embora a reivindicação tenha sido negada, Ibaneis concordou com a proposta de criação de um comitê de crise formado pelo Sindicato e o gabinete do governador para acompanhar os desdobramentos da pandemia do novo coronavírus, de modo a tomar medidas em tempo ágil para evitar aglomerações nas agências, contribuindo para barrar os riscos de contaminação.

“Abrimos a reunião insistindo com o governador que o decreto anterior (40.583) era abrangente o suficiente para atender as excepcionalidades dos casos das pessoas que necessitam de atendimento presencial nesse momento. O governador, contudo, informou que a sua decisão estava respaldada em dados e monitoramentos da realidade apresentados por órgãos do governo”, explica o presidente do Sindicato, Kleytton Morais, respondendo que essa procura por atendimento presencial neste momento se dava mais em função de desinformação do que de atendimento bancário real.

Vídeo apresentado ao governador Ibaneis: desinformação levou centenas de pessoas às agências nesta quarta-feira:

A reunião – da qual participaram o líder do governo na Câmara Legislativa, deputado Claudio Abrantes (PDT), Valdetário Andrade Monteiro, chefe da Casa Civil; André Clemente, secretário de Economia; e o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa – foi realizada a pedido do Sindicato, que levou ao governador imagens e vídeos dando conta das aglomerações registradas em diversas agências durante a manhã desta quarta em função da grande procura da população pelo pagamento do programa renda básica emergencial anunciada pelo governo federal.

Preocupado em evitar a sobrecarga do atendimento das agências, sobretudo nas regiões administrativas, outra medida reivindicada pelo Sindicato com a qual o governador se comprometeu é a descentralização do atendimento, por meio da implementação de estrutura – fora das agências, como CAICs e ginásios de esportes, por exemplo, que possuem locais amplos e que, assim, contribuem para mitigar os riscos de contágio da covid-19. ”Isso se faz necessário porque nas demais regiões administrativas do DF há uma insuficiência da rede bancária”, justifica o presidente do Sindicato, Kleytton Morais.

O GDF atendeu ao Sindicato e assumiu também o compromisso de criar uma campanha de mídia dirigida à população. O objetivo é disseminar informação e evitar que os beneficiários busquem desnecessariamente atendimento nas agências.

Durante a reunião o governador adiantou que também enviará à Câmara Legislativa do DF proposta de instituição de auxílio emergencial, atendendo cerca de 28 mil pessoas de baixa renda.

O governador se prontificou ainda a abrir um canal de comunicação direta entre o Sindicato e a Polícia Civil e o DF Legal (antiga Agefis) para apuração de denúncias. O objetivo é assegurar fiscalização das agências, lotéricas e cooperativas para garantir o cumprimento do novo decreto, evitando assim aglomerações e descumprimento dos protocolos de proteção à saúde que constam da determinação do GDF.

Renato Alves
Do Seeb Brasília


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