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26 de Março de 2020 às 16:00

Em mesa de negociação, Sindicato e BRB discutem funcionamento do banco durante a quarentena


Diretores do Sindicato e representantes do BRB se reuniram nesta terça-feira (24) para tratar das atividades realizadas durante esse período da quarentena provocada pela pandemia do coronavírus. Foram discutidos empréstimos por meio digital, funcionamento das agências com número mínimo de pessoas, autoatendimento e teletrabalho, entre outros assuntos.

O secretário de Assuntos Parlamentares do Sindicato, Ronaldo Lustosa, e o diretor Alexandre Augusto cobraram agilidade do banco nas medidas proteção e segurança aos funcionários.

Empréstimo por meio digital

Os diretores do Sindicato defenderam que o banco disponibilize meios de aceite para empréstimos de forma virtual, evitando a exposição dos gerentes e demais funcionários ao contágio pela covid-19. A ideia partiu do próprio corpo funcional do BRB e considera que, a partir do momento que não há visitação às empresas, não há necessidade de correr risco em contatos ou proximidade com clientes, pois há ferramentas digitais disponível que podem ser usadas.

O banco se dispôs a estudar internamente essa possibilidade a partir de análise do jurídico e das áreas relacionadas à segurança.

Funcionamento das agências

O Sindicato entende que, com o atendimento virtual e o abastecimento do autoatendimento, não se faz necessário o quadro completo da agência. O gerente geral pode organizar o trabalho virtualmente e os demais funcionários ficam à disposição por meio virtual.

O banco ficou de analisar com gerentes gerais e CELOG a adoção de rodízio com o mínimo de funcionários possível. Para pessoas com necessidades especiais, foi acatada a solicitação de atendimento com agendamento. Em relação a suspensão das metas, o banco considera o tema complexo, mas ainda vai avaliar internamente.

Autoatendimento

O Sindicato reconhece a necessidade de se deixar o ATM abastecido, mas alertou para o fato de que os envelopes podem conter o vírus. O banco disse que não é possível suspender essa modalidade de serviço, porque seria prejudicial aos usuários, mas se comprometeu a reforçar comunicado de higiene e cuidados no manuseio.

Teletrabalho

O Sindicato cobrou a adoção do teletrabalho para todos da Direção Geral (DITEC, Ed. Brasília e demais). E lembrou ao banco que, conforme o decreto nº 40.546, de 20 de março de 2020, “as atividades incompatíveis com o teletrabalho, e que não forem essenciais ao funcionamento dos serviços públicos, ficam suspensas, dispensando-se o comparecimento presencial dos servidores aos locais de trabalho.”

“Os funcionários devem ser orientados a instalar o VPN e o banco deve liberar o acesso remoto para o maior número de empregados possível. Sabemos que muitos gestores já estão adotando essas medidas, mas é necessário extendê-las ainda mais. Percebemos a TI tem trabalhado constantemente para manter o acesso remoto em plena funcionalidade o que permite incluir o teletrabalho, também, para os colaboradores lotados em agências. Devemos enaltecer as medidas já adotadas, parabenizar a todos pelo empenho e frisar que os cuidados devem ser expandidos. Ademais, esvaziar os prédios é uma medida de urgência. Há casos em DGs de bancos que demonstram que o vírus tem se alastrado em ambientes fechados”, frisa a diretora Aline Gualberto

O banco apontou dificuldades técnicas para o aumento da quantidade de acessos remotos, mas informou que está verificando com a DITEC o aumento seguro, dentro da capacidade técnica, de acessos remotos.

Liberação de grávidas e lactantes

O banco informou que já havia determinado a liberação das grávidas para acesso remoto e que a mesma medida seria adota também em relação às lactantes.

Fake news

O banco manifestou preocupação em relação às fake news sobre o Covid-19. O Sindicato concordou com a necessidade de combate também a esse vírus, o das notícias falsas.

MP 927

O banco disse que não há estudo interno relacionado à MP 927, que trata de novas medidas trabalhistas para enfrentamento da crise gerada pelo coronavírus. Para o Sindicato, a MP 927 vai contra os trabalhadores e não contribui para a resposta que o país precisa dar ao agravamento da crise econômica.

Banco de horas

O banco acatou a proposta do Sindicato e vai suspender o banco de horas nesse período de crise.

Adiantamento de férias

O banco ficou de verificar a possibilidade de liberação de adiantamento de férias.

Vacinação

O banco informa que haverá vacinação na segunda quinzena de abril.

“Foi a primeira reunião de negociação virtual com o banco, com avanços na questão do rodízio, fruto da ajuda dos delegados sindicais, trabalhadores das agências, e das áreas internas do banco, como a CELOG e GERED, avanços no trabalho remoto, atendimento da questão da lactante, itens de higiene e segurança para as agências. Houve muito respeito e diálogo na mesa e, com os entendimentos, cremos que foi positiva e pode avançar”, avalia o diretor do Sindicato Ronaldo Lustosa.

“Devemos nos ajudar como funcionários do BRB na preservação da vida, exigindo que todos tenham essa responsabilidade, do GG ao vigilante da agência, e denunciar qualquer problema ao Sindicato” complementa o diretor Alexandre Assis.

Evando Peixoto
Colaboração para o Seeb Brasília


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