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27 de Abril de 2017 às 17:33

EDITORIAL: É hora de parar tudo em defesa do Brasil e dos trabalhadores


Bancários, metalúrgicos, comerciários, metroviários, petroleiros, servidores públicos, aeroviários, professores, motoristas e cobradores de ônibus são apenas algumas das dezenas de categorias que vão aderir à Greve Geral

Há 100 anos, mais precisamente em julho de 1917, trabalhadores realizaram a primeira Greve Geral no Brasil. O movimento, localizado principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, durou mais de um mês e teve como um dos estopins a morte do operário Jose Ineguez Martinez, causada pelas forças policiais. Foi o início de um processo que não para, por mais direitos e contra qualquer ameaça ao que já foi conquistado.
 
Pois é com esse sentimento que, Brasil afora, trabalhadores vão parar suas atividades nesta sexta-feira, 28 de abril. Em vários estados, bancários, metalúrgicos, comerciários, metroviários, petroleiros, servidores públicos, aeroviários, professores, motoristas e cobradores de ônibus são apenas algumas das dezenas de categorias que vão aderir à Greve Geral. O objetivo é dar o recado, em alto e bom som: nenhum direito a menos!
 
O momento é crucial. A terceirização sem limites já virou lei. A Reforma Trabalhista, que rasga a CLT e esvazia a Justiça do Trabalho, entre tantas outras mazelas, acaba de ser aprovada no plenário da Câmara dos Deputados. A Reforma da Previdência, que torna a aposentadoria uma conquista cada vez mais distante, é outra que o governo de Michel Temer pretende aprovar, tratorando tudo que for preciso, no Congresso Nacional.
 
Mais uma vez, a participação dos empregados da Caixa Econômica Federal na Greve Geral é fundamental. Para bradar não apenas contra as referidas reformas, mas contra o projeto de desmonte do banco e de desvalorização dos seus trabalhadores. Fatiamento das áreas de loterias, cartões e habitação, redução do quadro de pessoal, fechamento de agências, fim do papel social da Caixa. É urgente resistir a tudo isso!
 
O momento é de enfrentamento. O que está jogo é muito mais importante do que qualquer retaliação que possa ser feita pelas empresas, pelos patrões. É o risco do fim da aposentadoria, das férias, do 13º salário e até do emprego. É a ameaça do aumento na jornada e das alterações unilaterais nos acordos coletivos.  Somente com luta será possível barrar esses e outros projetos que visam enfraquecer a classe trabalhadora. Novamente, os brasileiros darão o recado: nenhum direito a menos!
 
Vamos à Greve Geral!

Diretoria da Fenae

Fonte: Fenae


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