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13 de Julho de 2016 às 06:35

‘Demitiu, fechou’ chega ao Bradesco em Icoaraci-PA


Crédito: SEEB/PARÁ

Belém PA - No início do ano, a agência do Bradesco em Icoaraci tinha 19 bancários e bancárias, 6 meses depois já eram menos 7: 4 transferidos, 3 demitidos e nenhuma reposição. A onda de demissões tem causado preocupação nos que vão ficando, principalmente naqueles que estão perto de adquirir estabilidade e podem acordar sem o emprego no dia seguinte.

“Como não há nenhum tipo de critério para essas demissões, o clima organizacional piora a cada dia entre os que ficam, já que a cobrança por metas só aumenta e sobrecarrega. A conseqüência na saúde do bancário é quase que inevitável, e muitos adoecem. Dependendo da gravidade, precisam até ser afastados para tratamento”, destaca o dirigente sindical de saúde, Gilmar Santos.

Em repúdio às demissões, o Sindicato ocupou a fachada da agência com faixas que informavam o motivo do protesto e ainda paralisou a unidade durante toda esta terça-feira (12).

A ação sindical foi um dia após mais uma demissão na capital. Um dos inspetores do banco foi o alvo da vez depois de 11 anos de Bradesco. Porém maior que a surpresa da demissão inesperada, foi a justificativa do banco, segundo a instituição financeira “o motivo está na aquisição do HSBC pelo grupo, recentemente”.

“A fusão não deveria ser sinônimo de demissão e sim de manutenção dos empregos, por isso nossa campanha de luta ‘Demitiu, fechou’ vai continuar firme pelas agências em todo o Pará, como forma de frear e até reverter esse total desrespeito à categoria”, afirma o diretor do Sindicato e empregado do banco, Saulo Araújo.

População também é prejudicada com as demissões – Com menos bancários e bancárias nas agências, a espera por atendimento fica ainda maior, gerando reclamação e insatisfação entre clientes e usuários.

Com esse entendimento, provocado através do diálogo dos dirigentes com quem procurava atendimento hoje na agência, o Sindicato conquistou o apoio da população que buscou os serviços bancários nos caixas eletrônicos e com o auxílio dos diretores da entidade sindical em caso de necessidade.

A demanda no Bradesco em Icoaraci aumentou ainda mais com o fim do convênio de 3 correspondentes bancários que reconheceram a insegurança diante da grande procura e baixo retorno financeiro para os proprietários dos estabelecimentos.

“Somos contrários a atuação dos correspondentes da forma que vem ocorrendo, sem o mínimo de segurança para funcionários e usuários e tão pouco o reconhecimento dos trabalhadores desses locais como bancários, exemplo prático da terceirização e suas conseqüências”, explica o dirigente sindical e membro do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Sandro Mattos.

 

Fonte: Bancários PA


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