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16 de Outubro de 2017 às 15:22

Defesa vai usar delação de Funaro para pedir anulação do impeachment


Jornal GGN 

A defesa da presidente deposta Dilma Rousseff vai requerer a juntada da delação de Lúcio Funaro sobre o uso de dinheiro da JBS por Eduardo Cunha, para comprar votos a favor do impeachment, na ação que está no Supremo Tribunal Federal, com o objetivo de anular o golpe de 2016. 

Na delação, Funaro afirmou que Cunha recebeu recursos da JBS para distribuir entre deputados que prometessem dar voto a favor da saída de Dilma do poder. 

A defesa da petista já sustenta no pedido de anulação que Cunha usou o impeachment como vingança pessoal e para "estancar a sangria" da Lava Jato, em conluio com a cúpula do PMDB.

"Entendemos que na defesa da Constituição e do Estado Democrático de direito, o Poder Judiciário não poderá deixar de se pronunciar a respeito, determinando a anulação do impeachment de Dilma Rousseff, por notório desvio de poder e pela ausência de qualquer prova de que tenha praticado crimes de responsabilidade", diz a defesa de Dilma.

Abaixo, a nota completa.

Defesa vai usar delação de Funaro para pedir anulação do impeachment*

 
1. Desde o início do processo de impeachment, a defesa da presidenta eleita Dilma Rousseff tem sustentado que o processo de impeachment que a afastou da Presidência da República  é nulo, em razão de decisões ilegais e imorais tomadas pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e por todos os parlamentares que queriam evitar "a sangria da classe política brasileira".
 
2. Agora, na delação premiada do senhor Lúcio Funaro, ficou demonstrado que o ex-deputado Eduardo Cunha comprou votos de parlamentares em favor do impeachment.
 
3 - A defesa de Dilma Rousseff irá requerer, nesta terça-feira, 17 de outubro, a juntada dessa prova nos autos do mandado de segurança, ainda não julgado pelo STF, em que se pede a anulação da decisão que cassou o mandato de uma presidenta legitimamente eleita.
 
4. Entendemos que na defesa da Constituição e do Estado Democrático de direito, o Poder Judiciário não poderá deixar de se pronunciar a respeito, determinando a anulação do impeachment de Dilma Rousseff, por notório desvio de poder e pela ausência de qualquer prova de que tenha praticado crimes de responsabilidade.
 
José Eduardo Cardozo
Advogado da Presidenta Eleita Dilma Rousseff

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