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15 de Março de 2019 às 16:07

De preto, empregados da Caixa lutam contra medidas da direção do banco


Crédito: SEEB/BSB

Brasília - Esta sexta-feira (15) foi de luta nas dependências da Caixa de todo o país. Unidos, empregados e empregadas denunciaram os ataques da direção ao caráter público da empresa, além das manobras que só prejudicam e preocupam o corpo funcional. Em Brasília, a atividade teve início às 6h, no edifício Matriz I.

Vestindo preto, os trabalhadores protestaram pela manutenção da Caixa 100% pública e contra o fatiamento da empresa, conforme os anseios do mercado.

“Com o cenário colocado, inclusive com ameaça de reestruturação, os empregados de todo o Brasil lutam hoje não só por seus empregos, mas contra a fragilização da Caixa, empresa fundamental para o desenvolvimento social e econômico do país. Sabemos que o mercado tem interesse no fatiamento da Caixa e, por isso, defenderemos este importante patrimônio do povo brasileiro”, frisa a diretora do Sindicato e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara.

Durante a atividade, Francinaldo Costa, dirigente da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), lembrou que “os empregados da Caixa já trabalham sob forte pressão e que merecem respeito. A carência de trabalhadores sobrecarrega os colegas em todas as dependências, gerando sofrimento físico, mental e psicológico, e essa manobra do atual presidente sobre a PLR só agrava a situação, levando insegurança e preocupação àqueles que tanto se dedicam ao banco”.

O anúncio de aumentar o provisionamento para 2018 do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, sob pretexto de eventuais perdas futuras no segmento imobiliário, representa um ataque direto à Participação nos Lucros e Resultados (PLR) que os trabalhadores devem receber.

“Nos empurram metas abusivas, nos tratam apenas como números, e, quando o corpo funcional compromissado e competente alcança o que lhes foi imposto, o presidente desrespeita o conjunto dos trabalhadores metendo a mão no resultado. Exigimos respeito, Pedro Guimarães”, cobra Antônio Abdan, empregado da Caixa e diretor do Sindicato.

Todos em defesa dos bancos públicos
Trabalhadores de outras empresas somaram forças ao coro em defesa da Caixa e de seus empregados. 

Bancário do BB e diretor do Sindicato, Rafael Zanon destacou que as investidas privatistas não assombram apenas a Caixa. “No BB, o presidente, que veio de banco privatista, já deu diversas declarações conservadoras. Está claro que eles não sabem o que representa um banco público e que estão aí apenas para atender aos interesses dos bancos privados e dos financistas que visam claramente a privatização dos bancos públicos”, afirma Zanon.

Para Kleytton Morais, ex-funcionário do BRB e bancário do BB, “fica claro que os presidentes dos bancos públicos tem compromisso com a privatização e não com o país e seu desenvolvimento. Esperamos atitudes republicanas destes que estão à frente dos grandes tesouros do Brasil”.

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 Fonte: Joanna do Seeb/Brasília


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