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22 de Abril de 2019 às 07:31

Com forte atuação da bancária Erika Kokay, CCJ adia votação da Reforma da Previdência


Crédito: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Brasília - Entre tentativas de “mutilação” do regimento interno da Câmara dos Deputados e manobras de parlamentares associados aos banqueiros, os parlamentares contrários a essa reforma da Previdência(PEC 006/2019) garantiram que a votação do relatório do deputado Marcelo Freitas (PSL-MG), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), fosse adiada para a próxima terça-feira, dia 23.

O resultado foi considerado uma “vitória do Brasil e do povo brasileiro” para a bancária e deputada federal Erika Kokay (PT-DF). “Nós, mulheres da esquerda, ocupamos a mesa diretiva da CCJ para impedir que o trator do mercado financeiro, do Francischini (presidente da CCJ) e do Maia (presidente da Câmara) passasse por cima do direito do povo à aposentadoria”, disse a deputada pelo Twitter.

Kokay foi uma das parlamentares decisivas no adiamento da votação do relatório da reforma da Previdência. Para embarreirar a manobra da base de Bolsonaro, a parlamentar chegou à Câmara às 4h40, mais de 5 horas antes do início da sessão da CCJ, para garantir o primeiro lugar na fila de apreciação de requerimentos.

Para tentar acelerar a apreciação da PEC 006/2019, a base de Bolsonaro abriu mão das falas no processo de discussão do texto na CCJ. “Essa é uma manobra suja e muito perigosa. Esse momento é decisivo para que a população conheça o que é a reforma da Previdência e se posicione sobre isso. Os parlamentares da base do governo sabem de todos os prejuízos irreparáveis que a reforma traz e, também por isso, abriram mão de suas falas”, avalia o diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília Kleytton Morais. 

Pressão não deve parar

As duas vitórias consecutivas da oposição na CCJ da Câmara dos Deputados não anulam a iminente aprovação da reforma da Previdência. Para aumentar a pressão contra a PEC de Bolsonaro, a CUT Brasília e o Sindicato dos Bancários de Brasília orientam bancários e bancárias a atuarem dentro e fora da Câmara.

“Chamamos todos os trabalhadores e todas as trabalhadoras para irem à Câmara dos Deputados na próxima terça-feira, dia 23. Vamos mostrar que a população não vai deixar ter sua aposentadoria e seus direitos roubados”, conclama o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto.

Outra orientação é ligar, mandar e-mails e mensagens nas redes sociais para os parlamentares que compõem a CCJ e se posicionaram indecisos ou favoráveis à reforma da Previdência.

“A gente tem que fortalecer a luta contra a reforma da Previdência. Essa proposta é nefasta e só interessa aos banqueiros. A população, de forma geral, principalmente a mais vulnerável, é prejudicada de forma cruel. Esse modelo de Previdência de Bolsonaro foi aplicado no Chile e levou milhares de idosos ao suicídio. Não queremos isso para o nosso povo”, reforça Kleytton Morais.

  • Clique aqui para ter acesso à lista de todos os membros da CCJ. Ao clicar no nome do parlamentar, você verá o telefone, endereço e e-mail do deputado ou deputada. É fácil e rápido!

Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados


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