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28 de Abril de 2017 às 14:07

Brasília tem a maior adesão da história


Crédito: Reprodução
Mais de 50 categorias participaram da maior greve já realizada na capital federal

Uma cidade completamente deserta, esse é o retrato da manhã desta sexta (28), no Plano Piloto. Lojas fechadas, ônibus e metrô parados, pistas vazias, prédios desocupados, ruas sem ninguém, foi o panorama do ‘centro do poder’ no início da Greve Geral prevista para durar por 24 horas.

Com a maior adesão de categorias profissionais em toda sua história de  mobilização, os trabalhadores do DF conseguiram um marco histórico ao promover a maior greve da capital federal, construída a partir da unidade da classe trabalhadora e dos movimentos sociais.

Os diversos setores reconheceram os terríveis prejuízos impostos pelas retrógradas medidas do governo ilegítimo de Michel Temer e cruzaram os braços para barrar o acelerado retrocesso nas conquistas trabalhistas e sociais. “Foi o despertar do conjunto da sociedade frente a tantos ataques”, conta Rodrigo Britto, presidente da CUT Brasília.

A Greve Geral foi construída a partir da resistência contra a reforma trabalhista (PL 6787/2016), aprovada na Câmara Federal na noite desta quarta (26) e encaminhada para apreciação no Senado; e em completa oposição à reforma da Previdência, que caminha a passos largos e promete ser votada ainda neste semestre. Ambas as medidas, beneficiam o capital financeiro, agrário e empresarial, e prejudica diretamente os trabalhadores e trabalhadoras.

“Essa foi apenas uma demonstração do que a classe trabalhadora e os movimentos sociais são capazes de fazer para defender a aposentadoria, a legislação trabalhista, as conquistas sociais e todos os direitos que nos querem usurpar”, garante Britto. Para o dirigente CUTista, a unidade consolidada nesta Greve Geral vai continuar. “Os ataques do Congresso Nacional e do golpista Temer não são contra um segmento, mas sim, contra todo o conjunto da sociedade. Por isso, vamos nos manter unidos e alertas para coibir todo roubo de direitos”, completa.

Marco da unidade

As imagens da Esplanada dos Ministérios vazia nesta manhã, sem trânsito de veículos e com os prédios de portas fechadas, ficarão marcadas na memória e nos livros de história. Também, o fechamento do mais tradicional centro comercial da cidade, o Conjunto Nacional, foi outro momento emblemático.

Para Julimar Nonato, secretário de Administração da CUT Brasília, a população compreendeu quem realmente sofreu um golpe. “Com um ano de tomada de governo pelo golpismo, a sociedade entendeu que quem sofreu o golpe fomos todos nós. Nesses 12 meses no poder, o ilegítimo Michel Temer tem orquestrado todas as maneiras possíveis para prejudicar a classe trabalhadora e as camadas mais pobres do povo brasileiro”, disse.

Quanto à divulgação da Greve, Julimar conta com as redes sociais. “Sabemos que a mídia golpista vai deturpar os fatos, mas, contamos com os canais democráticos da internet para mostrar a verdade da luta popular contra o retrocesso e o roubo de direitos”, finaliza.

A Greve Geral continua durante toda sexta, na capital, regiões administrativas e municípios do Entorno.

Fonte: CUT Brasília

 



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