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11 de Setembro de 2018 às 10:04

Bradesco despede bancária adoecida e agora enrola para decidir sobre revogação da demissão


Crédito: Reprodução
Porto Velho RO - O Bradesco demitiu, há alguns dias, uma funcionária da agência Prudente de Morais (Centro de Porto Velho) que dedicou 32 anos de sua vida à profissão de bancária (contando com o tempo em que foi funcionária do extinto HSBC local) e que foi diagnosticada como ‘inapta’ pelo perito médico do próprio banco. Ou seja, o especialista contratado pelo próprio Bradesco atestou que a trabalhadora estava inapta ao trabalho e que, além de ter que se afastar para tratamento de saúde – pelo INSS - não poderia ser demitida de forma alguma.

Depois que despediu alguém que dedicou boa parte de sua vida somente à profissão de bancária, o banco tentou homologar a rescisão da trabalhadora no Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) que, por sua vez, ao identificar que havia o laudo médico atestando a incapacidade laboral da bancária, não fez a homologação da rescisão, já que a trabalhadora, por lei, não pode ser demitida quando estiver em diagnóstico de inaptidão e, consequentemente, com seus direitos juntos ao INSS assegurados.

Imediatamente após a tentativa do banco em homologar o desligamento da bancária, o Sindicato entrou em contato com o Departamento de Relações Sindicais do Bradesco, exigindo que a demissão fosse anulada, pois isso feria um direito da trabalhadora.

No entanto, o banco até o momento não deu qualquer resposta ao Sindicato ou à funcionária, que além de estar numa condição de inapta, agora não sabe se está ou não desempregada, o que só aumenta seu sofrimento e angústia.

“Além de praticar uma crueldade sem tamanho ao demitir alguém que trabalhou a vida inteira apenas numa profissão - de bancária - e dedicou boa parte desse longo tempo em trabalho extenuante e de constante pressão, que acaba gerando os lucros da instituição, o banco ainda continua martirizando a trabalhadora ao ficar adiando a decisão sobre o pedido de revogação da demissão, o que só aumenta o sofrimento do ser humano. E isso não podemos admitir”, mencionou José Pinheiro, presidente do Sindicato.

Fonte: SEEB-Rondônia - Rondineli Gonzalez

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