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7 de Dezembro de 2017 às 08:08

Banco da Amazônia é condenado a indenizar bancária vítima de acidente de trabalho em Santarém


Belém PA - A espera pela notícia que traz o título da matéria foi longa, mas o Sindicato junto com a bancária, que terá sua identidade preservada, não desistiram. No dia 16 de novembro, a justiça manteve o reconhecimento do acidente de trabalho sofrido pela trabalhadora e ainda condenou o Banco da Amazônia a indenizar a bancária em R$ 75.000,00, assegurados juros de mora e correção monetária, sob pena de multa de 10% por cento, em caso de descumprimento.

Do dia do acidente até a decisão de acórdão de 2º grau já são mais de 2 anos. Também durante esse mesmo período, a bancária “teve a sua história completamente abalada em decorrência do acidente profissional sofrido e das doenças surgidas em decorrência deste. Tão incômodas quanto às dores físicas, porém sentidas de uma forma completamente diferente, são as dores psicológicas de que padece a autora, por saber que sua vida atualmente encontra uma série de limitações que a impossibilitam de desenvolver tarefas das mais elementares como de movimentar o pescoço sem que isso provoque dores intensas”.

Como dito no início da matéria, a decisão é de 2º grau, pois na primeira sentença a justiça negou o pedido de indenização, como defesa o banco alegou que a previsão de saque poderia ser feita por telefone ou por e-mail, e que se ela optou em se deslocar “o fez desnecessariamente”.

A bancária foi atropelada por um motociclista que trafegava em alta velocidade em via pública em Santarém, oeste do Pará. O acidente aconteceu quando ela se deslocava do Departamento de Microfinanças para a agência, a fim de realizar uma previsão de saque.

A trabalhadora fraturou o braço esquerdo, e por esse motivo precisaria de uma cirurgia de urgência, mas o que só veio a acontecer duas semanas depois, período de a CASF autorizar o procedimento, já que se fosse particular, a bancária teria que desembolsar R$ 7.000,00 na época. Ela ate tentou fazer empréstimo no banco em que trabalha, mas foi negado, pois segundo a instituição ela não tinha margem.

“O Banco da Amazônia não negou a ela só o empréstimo, negou-lhe a emissão de CAT e também de providenciar o encaminhamento ao INSS, e mesmo sabendo da gravidade, nem sequer autorizou a cirurgia de imediato, algo que podia fazer. Até hoje, a colega está de benefício, pois não teve melhora no seu quadro de saúde, e essa decisão é uma forma, ainda que mínima, de o banco reparar tudo que causou a ela e sua família. Desejamos que ela se recupere o quanto antes e que esse dinheiro a ajude de alguma forma”, destaca o presidente do Sindicato, Gilmar Santos.

Como não bastasse tamanho desprezo, a bancária ainda recebeu várias ligações para que retornasse ao trabalho, mesmo estando afastada de suas atividades com laudo médico. Diante de várias ligações, ela tentou obedecer ao seu superior, mesmo fraca e doente, e ao sair de casa para retornar ao trabalho acabou caindo na rua, prorrogando ainda mais a sua volta.

Apesar de todos os esforços médicos e tratamentos, a trabalhadora não obteve qualquer melhora e seu quadro de saúde agravou ainda mais, vindo a apresentar artrite reumatóide. A bancária segue afastada de suas atividades e recebendo benefício previdenciário até hoje.

 

Fonte: Bancários Pará


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