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8 de Agosto de 2018 às 21:13

Bancários do Centro-Norte e de todo o país rejeitam proposta da Fenaban

Categoria quer aumento real, garantia que seus empregos não serão substituídos pela terceirização, fim das metas abusivas e do assédio moral, igualdade de oportunidades e manutenção das conquistas da CCT


Assembleia de Brasília rejeita proposta da Fenaban

(Última atualização: quinta-feira 9, 09h12)

Os bancários da região Centro-Norte e de todo o Brasil rejeitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em assembleias realizadas nesta quarta-feira (8), e aprovaram o calendário de manifestações do Comando Nacional dos Bancários. A categoria se reuniu nas sedes dos sindicatos para avaliar a oferta dos bancos que apenas cobre a inflação nos salários, PLR, vales e demais verbas econômicas, sem aumento real, feita na sexta reunião da mesa única de negociação, realizada na terça-feira (7), em São Paulo.

Os banqueiros também não garantiram que os bancários não serão substituídos por trabalhadores contratados de forma precarizada, a exemplo da terceirização. Além disso, querem alterar cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, segundo eles, para garantir segurança jurídica, mas sequer apresentaram a redação das modificações. A próxima rodada de negociação ficou agendada para o dia 17 de agosto (sexta-feira).

Na base da Fetec-CUT/CN, as assembleias rejeitaram a proposta dos bancos em Brasília, Mato Grosso (onde foi aprovado estado de greve), Pará, Campo Grande, Rondônia, Acre, Amapá, Dourados, Rondonópolis e Sintraf-Ride.

Veja como foram as assembleias:

˃  Bancários de Campo Grande rejeitam proposta da Fenaban e aprovam protesto na sexta

˃  Bancários de Brasília rejeitam propostas dos bancos

˃ Bancários de Mato Grosso rejeitam proposta dos bancos e aprovam estado de greve

˃ Categoria bancária do Pará rejeita proposta da Fenaban

˃ Bancários de Rondônia dizem ‘Não’ à proposta desrespeitosa dos banqueiros e aprovam paralisação de duas horas na sexta, 10

˃ Bancários acreanos rejeitam proposta apresentada pela Fenaban

"Diante da enrolação dos bancos, a categoria deixou claro no Brasil inteiro que não aceitará um acordo que não atenda suas reivindicações por aumento real, proteção do emprego, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades, além de manter todas as conquistas asseguradas na Convenção Coletiva. Os lucros recordes que os bancários ajudam a construir permitem atender às demandas", declara Cleiton dos Santos, presidente da Fetec-CUT/CN.

 “O recado está dado: bancários querem aumento real e não aceitam perder direitos. Não vão aceitar receber PLR menor, nem ser substituídos por trabalho precarizado,” afirmou Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários.

Dia do Basta

Os bancários também votaram pela participação no Dia do Basta, na próxima sexta-feira, 10 de agosto. Aprovaram paralisação parcial. A abertura das agências e dos departamentos bancários será retardada em protesto contra os ataques aos direitos dos trabalhadores e contra o desemprego e a retirada de direitos. O Dia do Basta foi convocado pela CUT e demais centrais sindicais, com apoio das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e de vários movimentos sociais.

“A categoria está unida aos demais trabalhadores na luta contra o desemprego que atinge mais de 13 milhões de brasileiros e também contra a retirada de direitos que vem sendo feita pelos golpistas com a aprovação da nova lei trabalhista que libera a terceirização, com o congelamento dos investimentos em saúde e educação e também para defender os bancos públicos contra as privatizações”, disse a presidenta da Contraf.

Defesa dos bancos públicos

No dia 15 de agosto será realizado um Dia Nacional de Luta em defesa dos bancos públicos e contra as resoluções 22 e 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), em Brasília, em frente ao Ministério da Fazenda e repercutido nos estados que não puderem participar do ato em Brasília. Estas resoluções determinam que empresas estatais reduzam despesas com a assistência à saúde dos trabalhadores; e limita a 6,5% da folha de pagamento a participação no custeio dos planos de súade dos funcionários pelas empresas públicas. Isso afeta tanto a Cassi (plano de saúde dos funcionários do BB), quanto o Saúde Caixa.

Leia também:

Fenaban propõe apenas reposição da inflação por quatro anos. Comando Nacional indica rejeição

 Fonte: Fetec-CUT/CN, com Contraf-CUT


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